Primeira-dama, Michelle Bolsonaro viajou a mais estados do que o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a segunda semana de campanha de 2º turno. O atual presidente enfrenta Lula (PT) no dia 30 de outubro.
Entre 10 e 14 de outubro, Michelle esteve em nove estados: Pará, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins, Piauí e Maranhão.
No mesmo período, Bolsonaro esteve em sete estados: Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco.
A primeira-dama concentra sua atuação pelo Norte e Nordeste, regiões em que Lula venceu a disputa presidencial no primeiro turno.
Foram 21,7 milhões de votos ao petista no Nordeste, contra 4,7 do atual presidente. No Norte, 4,5 milhões para Lula e 4,3 milhões a Bolsonaro.
O candidato à reeleição foca em regiões que venceu Lula em visitas ao Sul e Sudeste — além de cumprir agendas em Brasília. Ele recebeu 23,4 milhões de votos no Sudeste, frente a 21 milhões do adversário, enquanto somou 9,5 milhões no Sul, contra 6,4 milhões de Lula.
Michelle tem participado de eventos com religiosos e mulheres, parte deles denominados “Mulheres com Bolsonaro” e “Bolsolindas”.
As senadoras eleitas Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS) participam dos encontros junto da primeira-dama.
O objetivo é atingir público-alvo em que Bolsonaro vai pior: mulheres, religiosas e integrantes de classes sociais mais baixas.
Outros três estados estão no roteiro de Michelle Bolsonaro nos próximos dias: Alagoas (15), Bahia (16) e Minas Gerais (21).
As viagens de Michelle Bolsonaro são pagas pelo PP, partido que integra a chapa da campanha de Bolsonaro com o PL e Republicanos.
O valor é retirado do fundo eleitoral, fonte usada pelos partidos políticos para custearem gastos de campanha — seja do candidato, seja de assessores ou outros integrantes da campanha.
Segundo o advogado eleitoral Alberto Rollo, que atua há quase 30 anos na área, a permite tal gasto, ainda que a pessoa esteja em destino e viagem diferentes dos que o candidato está.
“Entendendo que em uma campanha grande, como é a para presidente, não dá para exigir que a campanha pague apenas a despesa do candidato. Sempre vai ter com eles assessores da campanha que também tem seus deslocamentos. Não dá para restringir”, afirma.
O especialista diz que é impedido por lei que o fundo eleitoral seja usado para pagar gasolina do carro do próprio candidato ou, então, o salário de um motorista contratado por ele antes da eleição.
Sobre o dinheiro público bancar viagem de uma pessoa que não é o candidato para fazer campanha em outro estado, Rollo entende que é possível aprimorar a lei.
“Talvez seja um estudo para campanhas futuras e talvez não seja correto gastar dinheiro do fundo eleitoral com terceiros se estes vão para um lado distinto do candidato”, diz o advogado. “Hoje, não tem regra específica sobre o tema”.
Procurado, o PP não se posicionou sobre o pagamento dos custos da viagem de Michelle Bolsonaro.
A campanha à reeleição de Jair Bolsonaro também não enviou posicionamento ao ser questionada pelo g1.
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