Marcas de roupas e bebida não queriam se associar ao funk ostentação. Johnnie Walker brigou para tirar do ar ‘Como é bom ser vida loka’, do MC Rodolfinho, contou diretor. MC Rodolfinho no clipe de ‘Como é bom ser vida loka’, de 2012, que a Johnnie Walker tentou tirar do ar, segundo o diretor Kondzilla
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Empresas de uísque e roupas tentaram distanciar suas marcas do funk ostentação no auge do fenômeno, no começo da década passada, contou o diretor Kondzilla em um trecho de entrevista divulgado por sua produtora.
A Johnnie Walker, marca escocesa de uísque, tentou derrubar o vídeo de “Como é bom ser vida loka”, do MC Rodolfinho, uma das músicas mais importantes do funk ostentação, revelou Kondzilla.
A empresa “mandou a gente tirar do ar esse clipe, porque não queria que a associasse a bebida deles com o nosso público”, diz o diretor. O clipe de 2012 ainda está no ar, no canal do MC Rodolfinho, com 33 milhões de views
O funk ostentação foi a primeira vertente do funk paulista a virar fenômeno nacional. Em 2012, o g1 explicou como os artistas fizeram sucesso ao exaltar artigos de luxo em músicas e clipes, dos quais Kondzilla foi o maior criador.
Kondzilla revela agora que, nos bastidores, marcas exaltadas pelos artistas tentavam se desassociar deles. “Quem batia mais sujeira com o funk era Reserva, Lacoste e Johnnie Walker”, diz Kondzilla.
Hoje, vários MCs brasileiros têm contratos como garotos-propagandas de marcas internacionais, como Hariel, que já fez propagandas para a Lacoste e KayBlack, para a Hugo Boss.
“A Johnnie Waker tem que nos agradecer, botar um santo lá”, diz na entrevista Buiu Frenesi, diretor de artístico e repertório da GR6, que também participa da entrevista. “Com certeza”, diz Kondzilla.
“Hoje está começando a mudar um pouco”, diz Tico Fernandes, diretor de criação da Kondzilla. Veja abaixo:
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