Levantamento foi divulgado pelo ObservaDF, vinculado à Universidade de Brasília. Dados mostram ainda homens leem menos que mulheres. Livros abertos, em imagem de arquivo
Pexels
A maioria da população do Distrito Federal não leu nenhum livro nos últimos três meses. O índice chega a 55%, de acordo com uma pesquisa do ObservaDF, vinculado à Universidade de Brasília (UnB).
O levantamento mostra também que os homens leem com menos frequência que as mulheres, e que a leitura mais frequente entre jovens. O hábito é mais popular entre jovens de 16 a 24 anos, já para pessoas na faixa entre 35 e 44 anos, ler é menos presente no cotidiano.
A pesquisa ainda revela que apenas 23% dos entrevistados têm o costume de leitura “quase” diária.
Os pesquisadores apontam que o hábito de leitura tem relação direta com a situação econômica. No grupo de entrevistados de maior renda, 25,7% leem quase diariamente. O número cai para 13,1% entre os com menor rendimento.
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Outros hábitos do morador de Brasília
📻 Música
fone de ouvido – webstories
Giphy
Por outro lado, escutar música é comum entre os brasilienses. Os resultados da pesquisa apontam que 45% ouvem música diariamente.
Comparando diferentes classes sociais, a frequência é de 78,6% entre os mais ricos e de 68%, na renda mais baixa. Os pesquisadores afirmam que o hábito é mais frequente entre os jovens.
Veja a porcentagem de pessoas que escutam música várias vezes ao dia, de acordo com a faixa etária:
🎵 16 a 24 anos: 56%
🎵 25 a 34 anos: 34%
🎵 35 a 44 anos: 26,3%
🎵 45 a 59 anos: 19,7%
🎵 60 anos ou mais: 6,6%
🕹️ Jogos digitais
Jogos online
Unsplash/Sam Pak
Ainda de acordo com o levantamento, 40% da população do DF consome jogos digitais. Desse total, 24% jogam diariamente.
No entanto, a pesquisa aponta que esse é um hábito “puramente jovem”. A maior proporção está entre pessoas de 25 a 34 anos, com 21,7%. Já entre os entrevistados com 60 anos ou mais, o índice cai para 4,4%.
Além disso, os resultados apontam que os homens jogam com mais frequência e que o hábito é mais comum entre pessoas de classes sociais mais altas.
🏛️ Museus
Rampa de acesso ao Museu Nacional da República, em Brasília
Pedro Ventura/Agência Brasília
A pesquisa afirma que “o uso de museus são uma das formas mais elitizadas de consumo cultural no DF, sendo bem mais comum em grupos de renda mais elevada do que baixa”.
Também há diferença na motivação das visitas a esses espaços culturais quando a condição econômica é levada em consideração.
Os entrevistados que ganham mais costumam visitar museus para conhecer o prédio e ver algum concerto ou palestra. Já entre as pessoas de menor renda, a motivação está na própria exposição oferecida pelo museu.
Jovens vão mais frequentemente a museus do que pessoas mais velhas, segundo o levantamento. No entanto, não há diferenças relevantes entre homens e mulheres.
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