Lideranças do PSD declararam nesta quinta-feira (6) apoio ao candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, no 2º turno da eleição presidencial.
O partido decidiu, no início da semana, não aderir às campanhas de Lula ou do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e liberou os filiados a declarar apoios por conta própria. A decisão abriu caminho para que o governador do Paraná, Ratinho Júnior, anunciasse apoio a Bolsonaro.
Ao lado de Lula, em um hotel na capital paulista, anunciaram o posicionamento a favor da chapa Lula-Alckmin:
Apesar de não estarem presentes, os senadores Omar Aziz (AM) e Angelo Coronel (BA) também declararam voto no ex-presidente.
Em nome do PSD e do diretório estadual da Bahia, o senador Otto Alencar afirmou que a lista de apoiadores ainda pode crescer e defendeu a eleição do petista.
“Nós vamos trabalhar para ampliar esse apoio em outros estados, temos conversado com vários companheiros. Nossa posição é muito clara, sabendo que a eleição do presidente Lula vitoriosa é o resgate da cidadania, da democracia, do Estado Democrático de Direito”, disse.
Segundo o deputado federal Marcelo Ramos, ainda não é possível saber quantos integrantes do partido vão se aliar a Lula na nova rodada das eleições.
Nos últimos dias, a candidatura petista também foi endossada por economistas e nomes do PDT, PSDB, MDB e Cidadania. Entre eles, Carlos Lupi, Edmar Bacha, Pedro Malan, Persio Arida, Armínio Fraga, Fernando Henrique Cardoso e Simone Tebet.
O desejo de ter o PSD aliado à campanha petista, no entanto, é antigo. Ainda durante a articulação da pré-campanha ao Planalto, no ano passado, Lula e lideranças do PT tentaram atrair o apoio formal do partido. Na legenda, o ex-presidente tinha apoio de uma ala declaradamente lulista – composta por senadores e deputados federais.
Na tentativa de firmar um acordo, o ex-presidente chegou a participar de conversas com o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, e de um almoço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A aliança, no entanto, não avançou.
Em convenção nacional no final de julho, o partido optou pela neutralidade no primeiro turno, o que permitiu que o petista seguisse com apoios declarados dos senadores Omar Aziz (AM), Otto Alencar (BA) e Carlos Fávaro (MT), e do deputado Marcelo Ramos, por exemplo. Mais tarde, Fávaro passou a ser conselheiro e interlocutor de Lula com o agronegócio
Ao mesmo tempo, nos dois maiores colégios eleitorais, o PSD consolidou aliança com um aliado de Bolsonaro na disputa ao governo de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e com o próprio PT em Minas Gerais.
*Sob a supervisão de Letícia Carvalho
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