O candidato Lula (PT) lança nesta segunda-feira (10) a “Carta Compromisso aos Evangélicos”. Em resumo, ele dirá que que não basta ter igreja aberta, mas que os evangélicos têm que participar ainda mais da vida nacional. Ou seja, não será apenas uma reação às fake news de que Lula fechará igrejas, mas apontará os caminhos para uma futura parceria no desenvolvimento de políticas sociais.
No texto que estava sendo elaborado, havia a previsão de uma citação especial aos trabalhos das igrejas no campo da prevenção às drogas, com o fortalecimento das comunidades terapêuticas.
Serão citados ainda os programas das igrejas no campo de proteção das mulheres, incentivo à arte evangélica e combate à fome e a extrema pobreza. Como a jornalista Andrea Sadi antecipou, o PT defenderá a representatividade de evangélicos nas diferentes áreas do governo, com atuação junto aos conselhos setoriais e constitucionais. Além destas sinalizações, devem constar do texto pelo menos sete compromissos:
- Garantir liberdade religiosa, defesa da família e da vida;
- Assegurar que nenhum templo será fechado e nenhum culto, proibido;
- Não enviar ao Congressos leis, nem alterar qualquer norma que envolva valores cristãos, da família e da vida;
- Combater qualquer tipo de preconceito contra evangélicos;
- Participação efetiva de evangélicos nas diferentes áreas do governo;
- Defesa da participação de evangélicos nas políticas públicas, em especial na prevenção às drogas;
- Valorização de projetos já desenvolvidos nas áreas de assistência social.
Se Bolsonaro usa o versículo, “Conhecereis a verdade, e a verdade os libertará”(João 8;32), Lula também vai recorrer à Bíblia para passar a mensagem de que o país precisa de paz. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. (Mateus 5;9)