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Lula continua agenda na Europa nesta sexta com cúpula do G7 e encontros bilaterais


Presidente Lula teve compromissos na Suíça antes de chegar à Itália, nessa quinta-feira (13). Passagem pelo continente europeu inclui conferências e reuniões com outros líderes e chefes de estado. Lula durante cerimônia de lançamento do Programa Acredita em 22 de abril.
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua o giro para a Europa e embarcou da Suíça para a Plugia, na Itália, local escolhido para sediar a reunião de cúpula do G7. O Brasil participa do encontro nesta sexta-feira (14), como convidado.
O G7 reúne nações democráticas mais ricas do mundo: Estados Unidos (EUA), Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. O encontro começou na quinta-feira (13) e a partir desta sexta, eles se juntarão a países emergentes. O Brasil foi convidado a participar dos debates pela oitava vez, assim como outras nações (veja a lista abaixo).
O presidente Lula terá 5 minutos para discursar durante a sessão da cúpula. Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), o petista deve falar sobre a presidência do Brasil no G20, que tem como principais temas o enfrentamento às mudanças climáticas, o combate à fome e a reforma da governança global.
🔎 O G20 é o fórum internacional que reúne as principais economias do mundo, e é liderado pelo Brasil até novembro deste ano. Esta é a primeira vez que o governo brasileiro assume o comando do bloco. A Cúpula do G20, que reunirá os chefes de Estado de todos os países-membros, está marcada para novembro deste ano, no Rio de Janeiro.
Outras pautas
O presidente também deve abordar, durante o discurso no G7, assuntos como economia digital e Inteligência Artificial, temas incluídos na pauta da cúpula este ano. Outro tópico previsto na fala de Lula é a cooperação do Brasil com países da África e do Mar Mediterrâneo.
▶️ Segundo o governo italiano, anfitrião da reunião do G7 este ano, além do Brasil e da Santa Sé, também foram convidados países como a África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Índia, Jordânia, Mauritânia – representando a União Africana –, Quênia, Turquia e a Ucrânia.
Também foram convidados organismos internacionais, como a União Europeia, na condição de observadora do G7, a Organização das Nações Unidades (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento.
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Agenda às margens do G7
Os compromissos de Lula na Europa ocorrem num momento em que extrema direita ampliou a presença no parlamento da União Europeia. O cenário colocou em ebulição questões internas nos países. O presidente da França, Emmanuel Macron, por exemplo, dissolveu o parlamento francês e convocou novas eleições.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o presidente Lula vai aproveitar a ocasião para se reunir com Macron na Itália.
O petista também terá agenda com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Lula é defensor do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, travado há mais de duas décadas e que, no momento, passa por revisão de trechos no documento.
Segundo o Planalto, o presidente brasileiro também deve se reunir com o papa Francisco. Neste caso, foi Lula quem pediu para ser recebido pelo pontífice. O petista pretende convidar o líder da igreja Católica para 30ª edição da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 30, que será realizada em 2025 em Belém.
Lula esteve com Francisco há um ano, no Vaticano. O líder religioso, assim como Lula, defende o fim da guerras entre Rússia e Ucrânia e do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
O Itamaraty, órgão que assessora a presidência nos assuntos relacionados a política externa, informou que Lula também se reunirá com o presidente da África do Sul, Cyrill Ramaphosa, e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que assumiu terceiro mandato como chefe de governo neste mês de junho.
O governo brasileiro ainda negocia com outros países a possibilidade de novas reuniões entre Lula e chefes de Estado ou governo presentes na reunião do G7.
Guerra na Ucrânia
Durante evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça, o presidente voltou a criticar os gastos em conflitos armados. Ele também repetiu que é preciso encerrar as guerras entre Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas.
O apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia está entre as principais pautas do G7. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também participa da cúpula. Até o momento, não está previsto um encontro entre os dois chefes de Estado.
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Durante uma conversa com jornalistas em Genebra, Lula voltou a defender uma solução pacífica para o conflito no Leste Europeu, e reiterou que um acordo de paz deveria envolver conversas entre os dois países.
Ele afirmou ainda que, se os presidentes Zelenksky (Ucrânia) e Putin (Rússia) não conversam, ” é sinal que estão gostando da guerra”.
Histórico do Brasil no G7
Esta é a oitava participação de Brasil em uma cúpula do G7. Todas as outras ocasiões foram em mandatos do presidente Lula.
Veja a lista:
2003: Cúpula de Évian-les-Bains, a convite da França;
2005: Cúpula de Gleneagles, a convite do Reino Unido;
2006: Cúpula de São Petersburgo, a convite da Rússia (então membro do G8);
2007: Cúpula de Heiligendamm, a convite da Alemanha;
2008: Cúpula de Hokkaido, a convite do Japão;
2009: Cúpula de L’Aquila, a convite da Itália;
2023: Cúpula de Hiroshima, a convite do Japão.

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