Encontro começa na segunda (14); governo brasileiro não confirma presença de Bolsonaro e País será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Joe Biden é recebido com dança típica durante sua chegada a Báli, na Indonésia.
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo (13) que seu país manterá linhas de comunicação abertas e não buscará conflitos com a China, antes do que se esperam ser conversas tensas sobre uma série de questões geopolíticas durante a cúpula do G20 na Indonésia nesta semana.
Biden e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se encontrar pessoalmente na segunda-feira (14) pela primeira vez desde que Biden assumiu o cargo, enquanto as relações bilaterais definham em seu pior nível em décadas.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden, disse a repórteres que a reunião pode durar “algumas horas”.
Biden, que desembarcou na ilha de Báli depois de se encontrar com líderes do Sudeste Asiático e do Leste Asiático no Camboja, disse que os Estados Unidos vão “competir vigorosamente” com Pequim, ainda que “garantindo que a concorrência não se transforme em conflito”.
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também chegou a Bali vindo do Camboja mais cedo neste domingo (13).
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, fala com a imprensa durante chegada a Báli, onde acontece o encontro do G20.
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A guerra na Ucrânia e suas consequências econômicas devem dominar as discussões em Bali e no fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Bangcoc no final da semana, juntamente com os compromissos climáticos, a insegurança alimentar e as tensões sobre o Estreito de Taiwan, o Mar da China Meridional e a Coreia do Norte.
Mais cedo, Lavrov acusou o Ocidente de militarizar o Sudeste Asiático para conter os interesses chineses e russos em um campo de batalha geoestratégico.
“Os Estados Unidos e seus aliados da Otan estão tentando dominar esse espaço”, disse Lavrov a repórteres.
Lavrov está representando o presidente russo, Vladimir Putin, nas cúpulas e deve ouvir repreensões pungentes do G20 pela invasão da Ucrânia, que Moscou chama de operação militar especial.
A Ucrânia não é membro do G20, mas foi convidada pela anfitriã Indonésia como observadora. Seu presidente, Volodymyr Zelenskiy, discursará virtualmente na reunião.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse neste domingo que o G20 não é o fórum para lidar com questões de segurança e que, em vez disso, deve se concentrar em desafios econômicos globais urgentes.
Provocações
Biden realizou uma reunião trilateral com líderes dos aliados Japão e Coreia do Sul e disse que os três países estão “mais alinhados do que nunca” com relação à Coreia do Norte.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse que as recentes provocações do Norte mostram a “natureza contra o humanitarismo” do regime norte-coreano, acrescentando que isso tem se tornado mais hostil e agressivo com base na confiança em suas capacidades nucleares e de mísseis.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que as ações de Pyongyang, que incluem um recente disparo de um míssil balístico sobre o Japão, não têm precedentes.
O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak embarcou no domingo (13) para o encontro do G20 em Báli, na Indonésia
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“Essa cúpula trilateral é oportuna, considerando que estamos prevendo mais provocações”, disse Kishida.
Bolsonaro não confirma participação
O Palácio do Itamaraty listou alguns integrantes da delegação do governo brasileiro que vai representar o país na reunião de cúpula do G20, marcada para esta semana em Báli, na Indonésia. Entre os nomes, não aparece o do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o Itamaraty, a delegação brasileira vai ser chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. A comitiva também inclui o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos e dois servidores da Coordenação-Geral de G20, ligada ao ministério.
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