♪ Aos 60 anos, o baixista e compositor Jorge Helder dá continuidade à discografia solo – iniciada em 2020 com a edição do álbum Samba doce após décadas de grandes serviços prestados à MPB – e lança o segundo disco solo, Caroá, em rotação a partir de amanhã, 21 de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino.
Com repertório autoral, o álbum é instrumental, mas ostenta vocalizes dos cantores Zé Renato, Mônica Salmaso e Sergio Santos nas gravações das músicas inéditas Migulim, Lugar sem tempo e Santos de casa, respectivamente.
Nascido em Fortaleza (CE) e desde 1986 radicado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o baixista buscou inspiração nas origens cearenses para criar o baião que abre e batiza o álbum Caroá.
“Fiz pesquisa voltada para temáticas especificamente nordestinas, por se tratar de baião influenciado pelo grande Luiz Gonzaga. A fotógrafa Géssica Amorim, que fez a foto exposta na capa do álbum, é pernambucana e me contou que muitas famílias nordestinas, inclusive a de Gonzaga, tiram o seu sustento do Caroá”, conta Helder, acrescentando que Luiz Gonzaga compôs Arrancando Caroá, música gravada em 1941.
Caroá é tipo de bromélia de flores vermelhas e rosadas, comum nas áreas de Caatinga. As folhas do caroá fornecem fibra para a confecção de barbantes, redes, tecidos e esteiras.
O álbum Caroá traz o toque do saxofonista Zé Nogueira na faixa Impressão perfume.
Capa do álbum ‘Caroá’, de Jorge Helder — Foto: Géssica Amorim