Irã liberta jogador de futebol e militante presos por apoiarem protestos no país


Voria Ghafouri jogou 28 vezes pelo Irã até 2019 e foi preso acusado de fazer “propaganda” contra a República Islâmica. Manifestantes protestam durante funeral de três iranianos mortos baleados durante manifestação na província de Khuzenstão, no Irã, em 18 de novembro de 2022.
Alireza Mohammadi/ AFP
Autoridades iranianas libertaram neste sábado (26), sob fiança, o jogador de futebol e o dissidente Hossein Ronaghi. Os dois foram detidos em repressão aos protestos que ocorrem no Irã desde setembro, após a morte de Mahsa Amini.
Entenda:
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A prisão do jogador Ghafouri, que é curdo e se manifestou em apoio às manifestações, na quinta-feira (24) causou indignação no país, que disputa a Copa do Mundo. Na sexta-feira, o Irã venceu o País de Gales por 2 a 0.
Ronaghi, por sua vez, estava detido desde 24 de setembro. Ele fazia uma greve de fome que durou pouco mais de dois meses.
“Voria Ghafouri e Hossein Ronaghi foram libertados sob fiança”, disse a agência de notícias iraniana Fars em suas redes sociais. O jornal iraniano Shargh também noticiou que Ghafouri foi libertado.
“Hossein foi libertado esta noite sob fiança para se submeter a tratamento”, tuitou Hassan, irmão de Hossein Ronaghi. O pai deles, Ahmad, postou uma foto de Hossein no hospital, dizendo que ele havia recebido alta após a greve de fome que durou 64 dias.
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Ghafouri, que jogou 28 vezes pelo Irã até 2019, foi preso após um treino de seu time Foolad, da província do Cuzistão, acusado de fazer “propaganda” contra a República Islâmica.
Já Ronaghi tem 37 anos e é colaborador do jornal The Wall Street Journal. Ele é há anos um dos críticos mais destemidos do Irã que ainda vive no país.
O Irã vive uma onda de protestos desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos, três dias depois de ser detida pela polícia em Teerã. Ela foi acusada de violar o rígido código de vestimenta em vigor no país.

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