Ipec: colunistas analisam resultado da pesquisa presidencial desta segunda; veja vídeos | Eleições 2022

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No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 10 de outubro, Lula tinha 51%, e Bolsonaro, 42%.

Nos votos válidos, Lula tem 54%, e Bolsonaro, 46%. O petista oscilou um ponto percentual para baixo, na comparação com o levantamento anterior, enquanto o atual presidente registrou oscilação de um ponto para cima. A variação está dentro da margem de erro.

Comentaristas da GloboNews e do g1 avaliam que existe um cenário de estabilidade e que os fatos políticos da última semana podem não ter impactado os resultados da pesquisa.

Veja, a seguir, as análises dos comentaristas.

Para o comentarista da GloboNews Mauro Paulino, a pesquisa indica um cenário de estabilidade, com variação dentro da margem de erro.

“E agora a gente tem um terceiro ponto que é sempre importante, que a gente pode ver se há alguma tendência nos segmentos [da pesquisa]. Mas estritamente do ponto de vista estatístico o cenário não mexeu. A tendência é de estabilidade.”

Gerson Camarotti, comentarista do g1 e da GloboNews, avalia que a pesquisa aponta um segundo turno “cada vez mais cristalizado”, a despeito das declarações de Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas.

“Não estou vendo um espaço nem para o Bolsonaro crescer ou diminuir, nem para Lula crescer ou diminuir. Tá muito consolidado. O eleitor está votando independentemente da rejeição dos candidatos, por mais que Bolsonaro possa fazer alguma coisa que mexa o segmento do eleitorado, não vejo no eleitorado algo que possa mexer a não ser que tenha uma hecatombe.”

A jornalista Míriam Leitão também acredita que o cenário é de estabilidade, com Lula mantendo a vantagem em relação a Bolsonaro.

“Você tem apenas oscilação. Uma disputa muita acirrada, uma discussão muito violenta, que muitos casos foram para uma área de agressão para elevar a rejeição, mas Lula permanece na frente.”

“O que me surpreende é que o Bolsonaro errou tanto na semana passada, o erro no Círio de Nazaré, em Aparecida, o erro da Damares (…) e a expectativa é que, de certa forma, isso tivesse algum resultado na pesquisa”, avalia Eliane Cantanhêde.

“O que a gente pode concluir sem ser especialista em pesquisa é que, no mínimo, Bolsonaro não perdeu. Ele conseguiu segurar a queda.”

Para Fernando Gabeira, diferentemente do eleitorado evangélico, os católicos não votam “em bloco”.

“É diferente do eleitorado evangélico: você tem um setor da sociedade que se sente um pouco discriminado, que o pastor tem uma presença muito forte… Mas os católicos estão acostumados a debater entre eles… Muitos são católicos, mas católicos não praticantes.”

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