Neste domingo (2), os brasileiros vão às urnas para o 1° turno das eleições presidenciais, e veículos da imprensa internacional que cobrem a disputa estão de olho nas eleições brasileiras.
Jornais dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Argentina e Catar explicam a corrida presidencial no país e destacam a polarização entre os dois candidatos favoritos ao cargo: Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
A imprensa também discute quais as chances de o Brasil ter um presidente eleito ainda neste domingo e o receio de que, em caso de eventual derrota de Jair Bolsonaro, haja reação semelhante à de Donald Trump, quando não foi reeleito nos Estados Unidos.
Veja, abaixo, como tem sido a cobertura dos principais veículos internacionais:
Entre sexta (30) e domingo (2), o jornal norte-americano “Washington Post” publicou 9 reportagens sobre as eleições brasileiras.
Entre as publicadas neste sábado, estão:
Elas apontam a polarização enfrentada pelos brasileiros e a escolha entre dois opostos: Lula, na esquerda, e Bolsonaro, descrito como extrema-direita.
Sobre o candidato Lula, a matéria destaca a sua prisão em 2018, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, e como se desenrolou o processo judicial até a anulação de suas condenações em 2021.
Já sobre Bolsonaro, o jornal descreve a perda de popularidade após a Covid-19, devido à postura do presidente no enfrentamento à pandemia no país. Ainda assim, ressalta que ele tem uma base eleitoral fiel. Em uma coluna, o presidente é apelidado de “Trump Tropical”.
Brasil realiza eleição histórica com Lula contra Bolsonaro — Foto: Reprodução
O jornal também explica o voto das comunidades tradicionais brasileiras e traz relatos dessas populações, que narram dificuldades para votar e dizem que nenhum presidente foi até elas explicar seus planos. Há ainda reportagem que destaca as candidaturas de mulheres indígenas para o cargo de Deputada Federal.
O “Washington Post” tenta explicar o motivo de o Brasil ter tantos candidatos policiais e militares. Para o jornal, isso acontece devido à preocupação da população com a segurança pública.
O jornal “NPR” traz uma reportagem sobre a reta final das eleições brasileiras e segue as linhas dos demais jornais ao explicar quem são os candidatos favoritos ao cargo de presidente e como funciona o sistema eleitoral brasileiro. O título é o seguinte:
A reportagem descreve essa eleição como a mais significante desde a redemocratização no Brasil e que os brasileiros devem escolher entre 2 opostos.
Em relação a Bolsonaro, o jornal destaca os ataques à mídia durante o governo e que há uma descrença de seu eleitorado nas pesquisas de intenção de voto, onde o seu adversário, Lula, está à frente. O jornal também aponta o medo de que Bolsonaro reaja com violência em caso de uma derrota.
Já sobre Lula, o jornal diz que ele é tido como um dos políticos de esquerda mais reverenciados na América Latina, mas que terá que vencer os escândalos de corrupção aos quais seu nome é ligado.
Brasileiros vão às urnas, com Lula cotado para vencer Bolsonaro — Foto: Reprodução
Na reportagem que recebe o título “Pesquisas colocam Lula à beira da vitória sobre Bolsonaro no Brasil”, publicada neste domingo no jornal “The Guardian”, as pesquisas de intenção de voto brasileiras são explicadas aos leitores do Reino Unido, com a discussão sobre a possibilidade de a eleição ser resolvida em 1° turno ou não.
O jornal relembra que Lula terminou o seu governo com alta aprovação da população, mas que foi preso em 2018, apesar de ter sido solto e tido as condenações anuladas posteriormente. A reportagem traz o ponto de vista de ambientalistas, que falam da possibilidade de vitória de Lula.
Bolsonaro é descrito como um ex-militar famoso por admirar ditadores, como o general chileno Augusto Pinochet, e que há um temor sobre possíveis reações do presidente em caso de derrota na tentativa de reeleição.
Pesquisas colocam Lula à beira da vitória sobre Bolsonaro no Brasil — Foto: Reprodução
O jornal “Al Jazeera” publicou uma matéria sobre as eleições brasileiras com o seguinte título: Brasil vota em eleição tensa com Lula da Silva cotado para vencer.
Brasil vota em eleição tensa com Lula da Silva cotado para vencer — Foto: Reprodução
Assim como os demais jornais, o “Al Jazeera” traz o debate de os brasileiros estarem votando em uma eleição polarizada entre Lula e Bolsonaro e traz alguns relatos de brasileiros que foram às urnas.
O jornal traz os dados das pesquisas de intenção de voto, que tem Lula à frente, com possibilidade de vencer em primeiro turno, e discute o temor de que Bolsonaro se recuse a aceitar uma derrota.
O jornal espanhol “El País” tem uma transmissão ao vivo sobre a votação no Brasil, cobrindo quando e onde os candidatos estão votando e as parciais das eleições em demais países.
Eleições no Brasil 2022, ao vivo | Lula da Silva, após votar: “Não queremos mais ódio” — Foto: Reprodução
O “El País” também publicou uma série de matérias explicativas e opinativas sobre as eleições no Brasil.
Em uma delas, intitulada “Lula acaricia a volta ao poder no Brasil pela porta da frente”, o jornal ressalta que uma vitória da ex-presidente significaria a “superação do trauma do impeachment de Dilma Rousseff e a culminância da virada à esquerda da América Latina”.
O “El País” também debate se o Brasil pode decidir o seu presidente sem um 2° turno.
O jornal apresenta outros cargos que também estão disputando nessa eleição e debate se Fernando Haddad (PT) poderia ganhar o governo do polo econômico brasileiro, em São Paulo.
É discutido também o papel do centrão na política brasileira e como que o presidente Bolsonaro teve de se render a eles, na matéria: “O poder sombra do Congresso brasileiro manterá sua influência por mais quatro anos”.
O jornal “La Nación”, da Argentina, diz que hoje é o dia D no Brasil e também tem uma transmissão ao vivo do andamento das votações.
Eleições no Brasil: Lula da Silva e Jair Bolsonaro votaram e mostraram sua confiança na vitória — Foto: Reprodução
O jornal comenta sobre os Estados Unidos estarem de olho nessa eleição, por temer a reação de Bolsonaro a uma possível derrota.
Os repórteres argentinos destacam que a campanha deste ano foi a mais intensa e que também houve um crescimento na violência política.
O jornal comenta a confiança dos dois candidatos, que afirmam que ganharão em 1° turno.
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