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Aproximadamente a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, a cidade costeira de Paraty (45 mil habitantes) não é o lugar mais fácil de chegar. Requer uma viagem de quatro horas, principalmente montanhosa, de qualquer cidade, um fretamento de helicóptero de 45 minutos ou chegada por mar. É esse relativo isolamento que mantém as hordas de turistas e o desenvolvimento desenfreado afastados, apesar do apelo óbvio da cidade. Situada na Costa Verde do Brasil, com montanhas cobertas de floresta tropical de um lado e as águas verde-esmeralda da Baía da Ilha Grande do outro, Paraty (pronuncia-se para-CHEE pelos habitantes locais), preserva mais de 30 quarteirões como seu bairro histórico, uma grade de ruas de paralelepípedos exclusivas para pedestres, ladeadas por fachadas caiadas dos séculos XVIII e XIX, muitas delas remanescentes da era colonial portuguesa.
Iniciando em meados de 1600, a cidade prosperou como porto marítimo durante a corrida do ouro do país (muitas das maiores minas de ouro estavam no estado vizinho, Minas Gerais) – e como centro para o comércio de escravos. Os escravos africanos não só trabalharam nas minas, mas também construíram grande parte das primeiras infra-estruturas da cidade, como as estradas. Depois que o ouro parou de passar por Paraty para exportação no início de 1700, a cidade continuou a colher cana-de-açúcar e a produzir cachaça, a bebida alcoólica nacional, antes de mudar seu foco econômico para o comércio de café. No final do século XIX, Santos, 300 quilômetros ao sul, suplantou Paraty como principal porto exportador de café do país, e a cidade começou a definhar. “Saiu do mapa”, diz Luana Assunção, proprietária da agência de viagens carioca Free Walker Tours. “Tornou-se isolado e pobre. Muitas casas foram abandonadas.”
Na década de 1970, uma nova rodovia e um influxo de transplantes urbanos deram a Paraty uma infusão de vida nova. Atraídos pela acessibilidade da área, vários artistas, designers e outros tipos criativos começaram a renovar as antigas mansões e a abrir um punhado de galerias, boutiques, cafés e pequenos hotéis, transformando a cidade há muito esquecida num destino de férias atraente.
“Tinha medo de que o turismo de massa colocasse em risco o futuro da cultura e da natureza de Paraty, mas isso não aconteceu”, diz o fotógrafo de natureza Dom João de Orleans e Bragança, que visita Paraty desde 1968 e hoje mora lá maior parte do ano. Ele credita aos rígidos códigos de construção por conferir à cidade uma certa qualidade atemporal, mesmo depois da pandemia, quando os proprietários de segundas residências da região começaram a passar mais tempo em Paraty. “Você nunca verá um arranha-céu e não temos grandes resorts ou hotéis aqui.”
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