A Ucrânia acusou a Rússia de usar drones “kamikazes” contra alvos civis em Kyiv. Esses aparelhos carregam explosivos que detonam no impacto, destruindo o drone no processo.
Acredita-se que a Rússia esteja usando o drone Shahed-136, de fabricação iraniana, no conflito na Ucrânia desde meados de setembro.
Gravação mostra construção ucraniana sendo atacada por drone
Também chamado de Geranium-2 pela Rússia, possui explosivos em uma ogiva alojada na parte dianteira e é projetado para sobrevoar um alvo até que seja instruído a atacar.
O Shahed-136 tem uma envergadura de cerca de 2,5 m (8,2 pés) e pode ser difícil de detectar por radares.
Imagem do Shahed-136 — Foto: BBC
“Eles voam baixo e você pode enviá-los em ondas. Esses enxames de drones são muito mais difíceis de combater pelas defesas aéreas”, diz o especialista militar Justin Crump à BBC.
As equipes de defesa aérea ucraniana em torno de Kyiv têm usado mísseis antiaéreos para tentar derrubá-los.
No início de outubro, as Forças Armadas da Ucrânia disseram que estavam interceptando 60% de todos os drones Shahed-136.
O Shahed-136 é relativamente barato de substituir, um drone custa cerca de US$ 20 mil (R$ 105 mil).
Não está claro exatamente quantos a Rússia tem, mas os EUA disseram que o Irã planeja enviar centenas para a Rússia. O Irã negou ter feito isso.
Bayraktar TB2 — Foto: BBC
Não está claro se eles foram usados pela Ucrânia, mas especialistas acreditam que eles podem ter sido implantados em ataques recentes a uma base militar russa no oeste da Crimeia, a uma base aérea perto de Sebastopol e a navios no porto.
“Se observarmos as explosões nos ataques, elas são bem pequenas. Suspeito que sejam drones caseiros, que tiveram explosivos amarrados a eles”, diz Marina Miron, pesquisadora em estudos de defesa da Universidade King’s College em Londres.
DJI Mavic 3 — Foto: BBC
O principal drone militar da Ucrânia é o Bayraktar TB2, fabricado na Turquia. É do tamanho de um pequeno avião, tem câmeras a bordo e pode ser armado com bombas guiadas a laser.
No início da guerra, a Ucrânia tinha uma frota de “menos de 50” deles, diz Jack Watling do centro de estudos Royal United Services Institute (Rusi).
A Rússia também usa o Orlan-10 “menor e mais básico”, que possui câmeras e pode carregar pequenas bombas.
Dos dois lados — Rússia e Ucrânia — os drones têm sido eficazes para localizar alvos inimigos e direcionar o fogo de artilharia em direção a eles.
“As forças russas podem atacar o inimigo dentro de apenas três a cinco minutos de um drone Orlan-10 detectar um alvo”, diz Watling.
Caso contrário, um ataque pode levar de 20 a 30 minutos para ser realizado.
Marina Miron, da King’s College, diz que os drones permitiram que a Ucrânia ampliasse suas forças.
“No passado, para localizar posições inimigas, era necessário enviar unidades de forças especiais… e certamente soldados seriam mortos nesse processo”, diz ela. “Agora, tudo o que se arrisca é um drone.”
Nas primeiras semanas da guerra, os drones Bayraktar da Ucrânia foram amplamente elogiados.
“Eles foram mostrados atacando alvos, como depósitos de munição, e tiveram papel importante no naufrágio do Moskva [navio de guerra]”, diz Miron.
No entanto, muitos Bayraktars foram destruídos pelos sistemas de defesa aérea da Rússia, pois eram grandes e lentos.
Os drones militares são caros para substituir — um único Bayraktar TB2 custa cerca de US$ 2 milhões (R$ 10,5 milhões).
Assim, ambos os lados — mas especialmente a Ucrânia — também usam modelos comerciais pequenos, como o DJI Mavic 3, que custa cerca de 1,7 mil libras (R$ 9 mil).
Esses drones comerciais podem ser equipados com pequenas bombas. No entanto, são usados principalmente para localizar tropas inimigas e direcionar ataques.
“A Ucrânia não tem tanta munição quanto a Rússia“, diz Miron. “Ter ‘olhos no céu’ para detectar alvos e disparar artilharia direta significa que eles podem fazer melhor uso do que têm.”
Mas os drones comerciais são muito menos poderosos do que os militares.
Por exemplo, a distância total de voo do DJI Mavic é de apenas 30 km e sua autonomia é de, no máximo, 46 minutos.
A Rússia está usando dispositivos eletrônicos para combatê-los, diz Miron.
“As forças russas têm o fuzil Stupor, que dispara pulsos eletromagnéticos”, diz ela. Isso impede que os drones comerciais possam navegar usando GPS, acrescenta.
As forças russas também usaram sistemas online, como o Aeroscope, para detectar e interromper as comunicações entre drones comerciais e seus operadores.
Esses sistemas podem fazer com que um drone caia ou retorne à base, e pode impedi-lo de enviar informações.
Na manhã de sábado, 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil,…
Certificado lista destinos em áreas costeiras que tiveram compromisso com a preservação ambiental e o…
Gisèle Pelicot abriu mão do anonimato para tornar público o julgamento de seu ex-marido e…
"Embora 99,999% dos usuários do Telegram não tenham nada a ver com crimes, os 0,001%…
Mesmo com o imposto de 100% sobre o valor dos veículos americanos, os carros elétricos…
A medida tem como objetivo garantir o direito ao voto para o eleitor. A restrição…