Yevgeny Prigozhin, o fundador da notória empresa militar privada Wagner, ofereceu armas aos paramilitares que lutam pelo controle do Sudão, segundo autoridades americanas.
Prigozhin, que está travando uma brutal campanha militar em nome da Rússia na Ucrânia, disse nesta semana que deseja a paz e se ofereceu para ajudar a mediar entre os generais rivais que lutam pelo poder. Mas as autoridades americanas, que falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente, disseram que Prigozhin tem a intenção de alimentar a luta entre as duas facções militares no Sudão: o Exército Sudanês, supervisionado pelo general Abdul Fattah al -Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, liderados pelo tenente-general Mohamed Hamdan.
Wagner – que anteriormente enviava veículos blindados e treinamento ao Sudão em troca de concessões lucrativas de mineração de ouro – ofereceu armas poderosas, incluindo mísseis terra-ar, aos paramilitares do general Hamdan, disseram autoridades americanas.
Até sexta-feira, o general Hamdan não havia decidido se aceitaria as armas, que viriam dos estoques de Wagner na República Centro-Africana, disseram as autoridades.
Desde 2019, a Wagner expandiu suas atividades no Sudão, garimpando ouro, explorando urânio e fornecendo mercenários para a região inquieta de Darfur. Após a tomada do poder pelos dois generais em 2021, Wagner intensificou sua parceria com o general Hamdan, que visitou Moscou nos primeiros dias da guerra na Ucrânia e recebeu equipamento militar do grupo mercenário.