Grupo de procuradores pede à PGR que Augusto Aras investigue Jair Bolsonaro


Dezenas de procuradores do Ministério Público Federal solicitam que o procurador-geral apure se o ex-presidente praticou incitação de crime após perder a eleição presidencial. O ex-presidente Bolsonaro perdeu a reeleição para Lula, em outubro de 2022
REUTERS/Adriano Machado/File Photo
Integrantes do Ministério Público Federal (MPF) pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo crime de incitação.
O grupo é formado por cerca de 80 procuradores e procuradoras da República de todo o país e direcionado ao procurador-geral da República, Augusto Aras – indicado para o cargo por Bolsonaro.
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De acordo com o documento, Bolsonaro se “engajou na disseminação de informações falsas” após o resultado da eleição presidencial. Lula venceu o 2º turno e foi eleito presidente em 31 de outubro.
Os procuradores afirmam que Bolsonaro questionou o resultado das eleições e a lisura do processo eleitoral.
As atitudes, segundo os integrantes do MPF, poderiam ser investigadas em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos terroristas ocorridos em Brasília, no domingo (8), contra a sede dos três poderes.
A representação diz que as falas de Bolsonaro “mostraram-se ocupar uma posição de destaque na câmara de eco desinformativo do país, e contribuíram para que a confiança de boa parte da população na integridade cívica brasileira fosse minada”.
Além da investigação, o grupo solicita que Bolsonaro seja interrogado e que a Meta, empresa proprietária do Facebook, disponibilize informações de um vídeo publicado e posteriormente apagado por Bolsonaro.
Outros pedidos são de oitivas com especialistas em comunicação política para “aferir os potenciais efeitos de postagens” de Bolsonaro e de especialistas que monitoram grupos de apoiadores do ex-presidente.

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