Mas essa recuperação estagnou. Na segunda-feira, a libra estava sendo negociada em torno de US$ 1,10 em meio ao ceticismo de que o plano do governo expandiria a economia como prometido e que, em vez disso, seriam necessários grandes cortes nos gastos públicos.
A Fitch Ratings disse na segunda-feira que espera que a economia britânica contraia 1 por cento no próximo ano, após “extrema volatilidade” nos mercados financeiros britânicos e a perspectiva de taxas de juros “muito mais altas”. No mês passado, ele previu um declínio de 0,2 por cento para o próximo ano.
“Custos de financiamento crescentes, condições de financiamento mais apertadas, inclusive para tomadores de hipotecas, e maior incerteza superarão o impacto de uma política fiscal mais flexível” no próximo ano, escreveram analistas da agência de classificação. Eles esperam que a economia britânica entre em recessão neste trimestre. A agência já mudou sua perspectiva de classificação para o Reino Unido para negativa.
Essa foi apenas uma das muitas críticas aos planos do governo. Por exemplo, o Fundo Monetário Internacional encorajou o governo a reavaliar os cortes de impostos, o que, segundo ele, aumentaria a desigualdade.
Mas Truss, buscando reverter anos de crescimento lento e produtividade fraca, deixou claro que quer administrar a economia de forma diferente de seus antecessores. Uma decisão inicial foi demitir o principal funcionário público do Tesouro, Tom Scholar, um movimento que abalou alguns analistas. Na segunda-feira, o governo anunciou seu sucessor, James Bowler, que se transferirá do departamento de comércio internacional, mas passou duas décadas no Tesouro anteriormente.
Mesmo que o governo faça movimentos conciliatórios, há sinais de angústia nos mercados financeiros. Na segunda-feira, o Banco da Inglaterra disse que expandir a sua intervenção no mercado de títulos. O banco vai aumentar o tamanho dos leilões diários em um programa de compra de títulos que foi configurado para suportar fundos de pensãoapós tumulto neste mercado ameaçou a estabilidade financeira da Grã-Bretanha.
Nos últimos oito dias de negociação, o banco comprou apenas cerca de 5 bilhões de libras em títulos do governo de longo prazo no total, apesar de estabelecer um limite de 5 bilhões de libras por dia. Com os mercados se perguntando o que acontecerá quando a operação de compra de títulos terminar na sexta-feira, o banco central anunciou que expandiria seu suporte. Além de aumentar o tamanho dos leilões, será criado um novo mecanismo de garantia para tentar aliviar os problemas de liquidez enfrentados pelos fundos de pensão. Essa facilidade continuará além desta semana.