‘Ghostbusters: Spirits Unleashed’ é game assimétrico divertido e nostálgico; g1 jogou | Games

Poucas adaptações de clássicos dos cinemas conseguem reproduzir, ou pelo menos simular, de maneira tão precisa as sensações dos originais quanto o game “Ghostbusters: Spirits Unleashed”.

Baseado na franquia dos “Caça-Fantasmas”, o jogo de ação é divertido e nostálgico na dose certa – o que evoca lembranças dos originais dos anos 1980, assim como alguns de seus defeitos.

Com foco na competição assimétrica online, “Spirits Unleashed” coloca uma equipe de quatro jogadores para capturarem um espírito maligno controlado por uma quinta pessoa, antes que ela assombre totalmente um local.

Há também, no entanto, a opção de jogar acompanhado de inteligência artificial.

O novo jogo da IllFonic, uma desenvolvedora com experiência no gênero com “Predator: Hunting Grounds”, é lançado nesta terça-feira (18) para PlayStation 4 e 5, Xbox Series X/S e Xbox One e computadores com partidas entre usuários de diferentes plataformas.

Assista ao trailer de ‘Ghostbusters: Spirits Unleashed’

É difícil estabelecer qual dos dois lados é o mais divertido. Cada um certamente tem seus atrativos.

O maior incentivo para assumir o comando de um caça-fantasma é, óbvio, a sensação de vestir o macacão puído e controlar o lançador de partículas.

Além de diálogos espertinhos, que contam com vozes de atores originais como Dan Aykroyd e Ernie Hudson, e uma história que dá sequência direta à trama de “Ghostbusters – Mais Além” (2021), o sentimento é construído pela dose certa de complexidade nas mecânicas dos caçadores.

Sim, apontar e disparar um feixe de energia é muito satisfatório, mas exige controle e perícia do jogador. Ainda mais porque laçar o espírito é apenas o começo.

O desafio é mesmo arrastá-lo até a armadilha, que também deve ser lançada considerando a posição do objetivo. Demore demais e o fantasma escapa, a mochila de prótons esquenta, a ligação se rompe ou o adversário arruma maneira de te cobrir de ectoplasma – algo muito menos divertido do que parece.

Em pouco tempo, a grande desvantagem de um contra quatro rapidamente desaparece e fica claro que, sem trabalho em equipe, o desastre é iminente.

Em ‘Ghostbusters: Spirits Unleashed’, o jogador pode controlar um caça-fantasmas ou… — Foto: Divulgação

Algo estranho na vizinhança

Não é como se os espíritos não fossem divertidos, é claro. Eles, aliás, oferecem tantas possibilidades aos jogadores que devem ser as primeiras opções da maioria.

No controle de um dos cinco fantasmas disponíveis (eles são liberados aos poucos, de acordo com a evolução de experiência do usuário), o público tem um bom número de opções para assombrar um dos mapas do jogo, como um museu ou uma antiga prisão abandonada.

É possível atacar os caçadores e cobri-los com ectoplasma, incapacitar seus equipamentos e resistir às suas tentativas de captura, mas o divertido mesmo é possuir objetos inanimados e voar com eles por aí, assustando a população desavisada (personagens não controláveis que, depois de um certo nível de medo, foge do local e te aproxima da vitória).

…ou um espírito maligno — Foto: Divulgação

A IllFonic mostra que aprendeu muito com “Predator: Hunting Grounds”, de 2020. Além de oferecer maior equilíbrio entre os dois lados da moeda assimétrica, e dar maior opções de personalização especialmente para as equipes “humanas”, a implantação de personagens controlados por inteligência artificial (chamados de bots) são uma novidade muito bem-vinda.

Afinal, qualquer um que tenha jogado o game do Predador em seu lançamento tem calafrios ao lembrar das longas esperas para encontrar uma partida e do desespero quando um dos companheiros de equipe invariavelmente desaparecia (seja por problema de conexão ou por abandono covarde mesmo).

Sem os bots, seria bem difícil conseguir fazer esta resenha, aliás, antes do lançamento. Durante os testes, poucas vezes foram encontradas sessões totalmente preenchidas.

Mas a inteligência artificial de “Spirits Unleashed” ainda não deve fazer ninguém temer uma revolução das máquinas, no entanto.

‘Ghostbusters: Spirits Unleashed’ oferece diversos equipamentos — Foto: Divulgação

Por diversas vezes foi possível ver um dos bots parados, com a cara para o nada, provavelmente pensando na morte da bezerra elétrica. Ponto muito importante que merece a atenção da IllFonic.

Já os mapas presentes são interessantes em sua maioria, mas seriam favorecidos por um pouco mais de espaço e variedade. Claro, a empresa deve continuar a lançar regiões novas com o tempo, mas, por ora, os espaços oferecidos são os grandes responsáveis por um pequeno cansaço gerado pela repetição.

Sustentado por um material original rico e mecânicas que fazem os jogadores se sentirem nos filmes, “Spirits Unleashed” deve ter um ótimo começo. Ainda há arestas a serem aparadas, mas o gênero tem a grande vantagem de poder contar com o tempo.

Em ‘Ghostbusters: Spirits Unleashed’, os espíritos têm diversos recursos para enfrentar os caçadores — Foto: Divulgação

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