Gabriel Moses, um dos nomes mais vibrantes da cena artística londrina, lança ‘Selah’, um projeto ambicioso que transcende as fronteiras entre a exposição e a experiência cinematográfica. Em entrevista recente, o artista mergulhou nas profundezas de sua criação, revelando as inspirações e os desafios por trás de ‘Selah’ e do curta-metragem ‘The Last Hour’. Este não é apenas um lançamento, mas um convite à reflexão sobre a condição humana, a espiritualidade e o poder da arte como catalisador de transformação.

A Gênese de ‘Selah’: Um Diálogo com o Sagrado

‘Selah’, termo hebraico carregado de significado, sugere uma pausa para contemplação, um momento de silêncio para internalizar a mensagem. Moses parece ter abraçado essa essência em sua obra, construindo um espaço onde o espectador é convidado a se desconectar do ruído cotidiano e a se conectar com sua própria interioridade. A escolha do nome revela a intenção do artista de provocar uma experiência que vá além do visual, atingindo o âmago do ser.

‘The Last Hour’: Uma Narrativa Visual da Existência

O curta-metragem ‘The Last Hour’ é o coração pulsante de ‘Selah’. Através de uma linguagem visual poética e impactante, Moses explora temas como a mortalidade, a fé e a busca por redenção. A narrativa, ainda que não explicitamente detalhada, sugere uma jornada introspectiva, onde o protagonista confronta seus demônios e anseia por transcendência. A fotografia, a trilha sonora e a direção de arte se unem para criar uma atmosfera onírica e envolvente, que transporta o espectador para um universo de simbolismos e metáforas.

A Influência da Diáspora e a Identidade em Constante Mutação

A obra de Gabriel Moses é profundamente influenciada por sua experiência como artista diaspórico. A sensação de deslocamento, a busca por pertencimento e a negociação constante entre diferentes culturas são temas recorrentes em seu trabalho. ‘Selah’ parece ser um reflexo dessa jornada, uma tentativa de encontrar um ponto de ancoragem em meio à fluidez do mundo contemporâneo. A identidade, para Moses, não é algo fixo e imutável, mas sim um processo contínuo de construção e desconstrução.

O Papel da Arte na Cura e na Reconciliação

Em tempos de polarização e conflitos, a arte emerge como um farol de esperança, um instrumento de cura e reconciliação. Gabriel Moses parece acreditar no poder transformador da arte, utilizando sua obra para criar pontes entre diferentes culturas e para fomentar o diálogo sobre questões urgentes. ‘Selah’ é um manifesto em favor da empatia, da compreensão e do respeito à diversidade. É um lembrete de que, apesar de nossas diferenças, somos todos parte de uma mesma humanidade.

Um Convite à Imersão e à Reflexão

Gabriel Moses, com ‘Selah’, não apenas apresenta uma obra, mas propõe uma experiência. Uma experiência que demanda a entrega do espectador, a sua abertura para o novo e a sua disposição para confrontar as próprias verdades. ‘Selah’ é um espelho que reflete a complexidade da alma humana, com suas luzes e sombras, suas alegrias e tristezas, suas esperanças e seus medos. É um convite para uma jornada interior, em busca de um sentido mais profundo para a existência. Ao final, resta a certeza de que a arte, em sua essência, é um ato de amor e de transformação.