PT estuda modelo intermediário entre ‘Conselhão’ do primeiro governo Lula e versão reduzida do segundo mandato. Ideia é reunir linhas de pensamento distintas para discutir política econômica. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), quer criar um conselho de economistas para assessorá-lo na tomada de decisões no futuro cargo.
A ideia é juntar no mesmo grupo economistas de linhas de pensamento distintas, incluindo ex-ministros.
O conselho econômico é defendido por economistas próximos ao PT, como Guido Mantega e Luiz Gonzaga Belluzzo. Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Mantega começou a debater a ideia com colegas ainda durante a campanha eleitoral, como mostrou a GloboNews à época.
As intenções devem avançar agora que Haddad foi definido como futuro titular do Ministério da Fazenda – o anúncio foi feito por Lula na última sexta (9).
“Eu fazia muito isso no MEC [Ministério da Educação], reunia ex-ministros, grandes autoridades da educação. Porque aí, você melhora muito o ambiente na tomada de decisão. Facilita no Congresso, na sociedade”, disse Haddad nesta segunda.
“A dimensão política da política econômica também é importante. Precisa aparar aresta, apaziguar o país, dar rumo para as coisas”, completou.
Fernando Haddad: quem é o novo ministro da Fazenda
‘Conselhão’ 3.0
No primeiro mandato, entre 2003 e 2006, Lula se valeu do “Conselhão” – instância que reunia representantes de entidades patronais, sindicatos, movimentos sociais, economistas, entre outros.
Críticos do “Conselhão” diziam que o grupo era inchado, não tinha efetividade e se perdia em longos debates.
No segundo mandato (2007-2010), Lula adotou um conselho mais enxuto e informal formado pelo então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo economista Luiz Gonzaga Beluzzo.
Agora, o PT pretende criar algo intermediário. A frente ampla formada no período eleitoral, com o apoio de economistas liberais antes vinculados ao PSDB à campanha de Lula, deve ajudar na composição do grupo.
Se prosperar, Haddad deve ter um conselho formado por figuras como:
Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002);
Luiz Carlos Bresser-Pereira, ministro da Fazenda no governo José Sarney e ministro da Administração Federal e Reforma do Estado no governo FHC;
Luiz Gonzaga Belluzzo, economista próximo à cúpula do PT e ex-secretário de Economia de Sâo Paulo;
Henrique Meirelles, que presidiu o Banco Central durante os dois mandatos de Lula e foi ministro da Fazenda de Michel Temer;
Persio Arida, ex-presidente do Banco Central e do BNDES e um dos criadores do Plano Real; e
André Lara Resende, ex-presidente do BNDES e também um dos idealizadores do Plano Real.
Haddad anunciou que sua futura equipe no Ministério da Fazenda não terá integrantes de uma única escola de pensamento.
O futuro ministro disse ainda que é preciso “desideologizar” a política econômica. Os primeiros nomes dessa equipe econômica, segundo Haddad, devem ser anunciados já nesta terça (13).
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