'Fica mais claro que alguma coisa estranha estava acontecendo', diz Haddad sobre indicados por Bolsonaro a cargos no exterior

Governo Lula revogou nomeações da gestão Bolsonaro para ‘adidâncias’ em outros países. Entre eles, chefe da Receita que tentou liberar joias de R$ 16,5 milhões retidas na alfândega. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que a informação de que o governo Jair Bolsonaro indicou, para um cargo em Paris, o ex-diretor da Receita Federal envolvido na tentativa de liberar joias para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deixa “mais claro” que “alguma coisa estranha estava acontecendo no governo”.
O blog da Andréia Sadi no g1 revelou nesta segunda que Julio Cesar Vieira Gomes, chefe da Receita no fim do governo Jair Bolsonaro, foi nomeado adido da Receita Federal em Paris no dia 30 de dezembro de 2022. Essa nomeação foi, depois, revogada pelo governo Lula.
“Já no ano passado, eu me senti muito desconfortável com a criação desses adidos no exterior, me pareceu uma coisa muito imprópria, ser feita a toque de caixa de maneira a mandar esses servidores para o exterior. Abu Dhabi, Paris, outras cidades”, relatou Haddad.
“E solicitei ao presidente da República que no dia 1º de janeiro ele extinguisse essas adidâncias, para justamente evitar que esses servidores pudessem sair do Brasil e ganhar uma pequena fortuna de salário no exterior sem responder pelo que eventualmente pudessem estar fazendo no Brasil”, prosseguiu.
“Hoje, fica mais claro que alguma coisa estranha estava acontecendo que precisa ser apurada, investigada, e eventualmente os responsáveis punidos.”

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