Os cinéfilos da Faixa de Gaza, que por décadas foram privados de ir ao cinema devido à destruição dos locais durante os tumultos no enclave, estão desfrutando de uma rara chance de ver uma série de filmes na telona.
O cinema já floresceu em Gaza, com o público se aglomerando para ver filmes árabes, ocidentais e asiáticos, mas as salas de cinema foram incendiadas na Primeira Intifada em 1987 e depois destruídas novamente em 1996 durante outra onda de violência interna.
Desde então, os habitantes de Gaza tiveram que confiar na televisão e nos serviços de streaming online, e a chance de ver filmes na telona oferece um presente raro para as pessoas que vivem sob um bloqueio fronteiriço imposto pelos vizinhos Israel e Egito.
O Red Carpet Human Rights Film Festival, que abriu na quinta-feira (13), está exibindo cerca de 40 filmes em um centro cultural reformado recentemente.
Metade da programação mostra longas com o conflito de décadas com Israel e o restante lida com questões de direitos humanos em todo o mundo.
Embora os habitantes de Gaza possam ir a exibições de filmes que são realizadas de tempos em tempos em teatros e outros locais, uma lista tão completa de filmes é um deleite raro.
O gerente executivo do festival, Montaser Al-Sabe, disse estar orgulhoso do evento em Gaza, mas que espera que os cinemas voltem a abrir.
“Temos cinemas em Gaza que estão fechados, é hora de reabrir”, disse ele.
Palestinos assistem à 6ª edição do Red Carpet Film Festival, em um teatro recém-reformado na Cidade de Gaza, em 13 de outubro de 2022 — Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa
Cerca de 300 filmes de 60 países foram inscritos antes que os organizadores fizessem sua seleção, que incluiu obras de quatro jovens cineastas locais que tiveram a rara oportunidade de mostrar seu trabalho ao público local.
Todos os filmes tiveram que ser revisados antes da exibição pelas autoridades locais em Gaza, que é controlada pelo grupo militante Hamas desde 2007.
Entre os filmes em exibição estava “Eleven Days in May”, codirigido pelo diretor de Gaza Mohammed Sawwaf e pelo diretor britânico Michael Winterbottom, que conta a história de 66 crianças mortas na guerra de 11 dias entre Israel e militantes de Gaza em maio de 2021.
“Nós nos concentramos em suas belas memórias, suas piadas e seus sonhos”, disse Sawwaf. “O cinema é um meio civilizado e importante para levar a voz das crianças e do povo de Gaza ao mundo.”
Mas para alguns, o festival será sobre o simples prazer de ir ao cinema e assistir a um filme com os entes queridos.
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