Coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora deixará o comando do Batalhão da Guarda Presidencial nos próximos dias. Unidade é uma das responsáveis pela segurança do Palácio. Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não vai mais assumir cargo para o qual foi indicado pelo ex-presidente
O comando do Exército decidiu antecipar para os próximos dias a saída do coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora do comando do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), apurou nesta terça-feira (24) a GloboNews.
A saída de Paulo Jorge Fernandes da Hora do BGP já estava definida desde maio de 2022. Mas ele permaneceria no cargo até seguir para uma nova missão. No próximo mês de abril, ele começará um curso de estudos estratégicos, na Espanha.
Fernandes aparece em um vídeo do dia 8 de janeiro discutindo com um oficial da tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal que agia para prender invasores do Palácio do Planalto.
O BGP, unidade comandada pelo coronel, é um dos responsáveis pela segurança da sede do governo federal.
Em entrevistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a facilidade com que vândalos invadiram e entraram e permaneceram no Palácio do Planalto durante a invasão.
Auxiliar de Bolsonaro
Nesta terça-feira, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, confirmou outra mudança no Exército.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, não vai mais assumir a chefia do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia, uma unidade de operações especiais do Exército.
A medida foi definida pelo novo comandante do Exército, general Tomás Paiva, indicado para a função no último sábado (21).
Oficialmente, segundo a TV Globo apurou, o cancelamento da posse no comando do batalhão em Goiânia foi um pedido do próprio tenente-coronel Cid, para que ele tenha tempo de se defender de investigações.
O militar é alvo de inquérito do Supremo Tribunal Federal pela divulgação de dados sigilosos de uma apuração sobre suposto ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral.
Nesse inquérito, a Polícia Federal indiciou Mauro Cid pelo crime de divulgação de documento sigiloso.
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