O deputado foi condenado por violência entre outubro e dezembro de 2021 e por envio regular e malicioso de mensagens à esposa entre agosto e setembro de 2022, segundo o juiz. Adrien Quatennens em agosto de 2022
Alain Jocard / AFP
A Justiça da França condenou o deputado Adrien Quatennens a quatro meses de prisão com direito a sursis por “violência” contra sua esposa.
Quatennens é considerado um pupilo do líder de esquerda Jean-Luc Mélenchon.
O deputado foi condenado por violência “sem incapacidade” entre outubro e dezembro de 2021 e por “envio regular e malicioso de mensagens” à esposa entre agosto e setembro de 2022, segundo o juiz.
Quatennens reconheceu os fatos. Ele fez um acordo com o Ministério Público e vai pagar 2.000 euros (2.100 dólares) por perdas e danos, neste caso que complicou a sua possibilidade de liderar o França Insubmissa.
O semanário “Le Canard enchaîné” revelou os fatos em meados de setembro. Desde então, o ex-número dois do partido deixou a coordenação do partido e o seu retorno à Assembleia Nacional (Câmara baixa) parece comprometido pela severidade da pena.
Conflito dentro da aliança
Seu grupo parlamentar anunciou em comunicado sua exclusão “até 13 de abril” e alertou que seu retorno “está condicionado ao compromisso de fazer um curso” de conscientização sobre “a violência contra as mulheres”.
Os aliados do partido na aliança de esquerda pediram sua renúncia. Quatennens rejeitou renunciar em uma entrevista ao jornal “La Voix du Nord”, na qual ele denunciou um “linchamento da mídia”.
“Renunciar depois de ser condenado por um ato que reconheço abriria um precedente perigoso e abriria a porta para a exploração política da vida privada”, afirmou.