Uma mudança significativa se aproxima para quem planeja visitar a Europa: o tradicional carimbo no passaporte está com os dias contados. A União Europeia (UE) se prepara para lançar o novo Sistema de Entrada/Saída (EES, na sigla em inglês), um sistema de controle de fronteiras totalmente digitalizado que promete modernizar e agilizar a entrada e saída de viajantes não pertencentes ao bloco.
O que é o Sistema de Entrada/Saída (EES)?
O EES é um sistema automatizado que registrará a entrada e saída de viajantes de países terceiros (ou seja, de fora da UE) no Espaço Schengen. Em vez do carimbo físico, o sistema coletará dados biométricos, como impressões digitais e reconhecimento facial, além de informações como nome, tipo de documento de viagem e data de entrada e saída. Essa digitalização visa otimizar o controle de quem entra e sai da Europa, combatendo a imigração ilegal e reforçando a segurança.
Por que a mudança?
O sistema atual, baseado em carimbos, é considerado lento, propenso a erros e pouco eficiente para monitorar a permanência de visitantes dentro do prazo legal. O EES promete resolver esses problemas, oferecendo um controle mais preciso e em tempo real do fluxo de viajantes. A expectativa é que a automatização reduza filas nos postos de imigração e liberte agentes para se concentrarem em tarefas mais complexas.
Impacto para os viajantes
Para o turista brasileiro, a principal mudança será a ausência do carimbo no passaporte. A entrada e saída serão registradas eletronicamente, o que exigirá atenção redobrada para controlar o tempo de permanência permitido no Espaço Schengen (90 dias a cada 180 dias). É fundamental guardar comprovantes de viagem, como passagens aéreas e reservas de hotel, para comprovar a data de entrada caso haja algum problema no sistema. Além disso, viajantes precisarão se familiarizar com os novos procedimentos nos postos de imigração, que envolverão a coleta de dados biométricos.
Preocupações e desafios
Apesar das vantagens, a implementação do EES também levanta algumas preocupações. A coleta de dados biométricos sempre gera debates sobre privacidade e segurança das informações. É crucial que a UE garanta a proteção desses dados e evite o uso indevido. Outro desafio é a adaptação dos viajantes aos novos procedimentos, especialmente aqueles menos familiarizados com tecnologia. Campanhas de informação e treinamento dos agentes de imigração serão essenciais para garantir uma transição suave.
O futuro das fronteiras
O EES representa um passo importante na modernização das fronteiras europeias e sinaliza uma tendência global de digitalização e automatização do controle de viajantes. A tecnologia tem o potencial de tornar as viagens mais seguras e eficientes, mas é fundamental que a implementação seja feita de forma transparente e responsável, garantindo a proteção dos direitos dos viajantes e evitando a criação de barreiras desnecessárias. Resta acompanhar de perto o lançamento do sistema e seus impactos no turismo e na mobilidade internacional.
Para saber mais sobre o EES, você pode consultar os seguintes links:
A transição para um sistema digitalizado de controle de fronteiras exige planejamento e adaptação, mas representa um avanço rumo a um futuro onde a tecnologia facilita a mobilidade global, sem comprometer a segurança e a privacidade.
