John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que o Wagner está procurando fornecedores de armas em todo o mundo para apoiar as operações militares de Moscou na Ucrânia. PMC Wagner Centre, em Moscou, e novembro de 2022
Igor Russak/Reuters
A empresa privada militar russa Grupo Wagner recebeu um carregamento de armas da Coreia do Norte para ajudar a reforçar as forças russas na Ucrânia, um sinal da expansão do papel do grupo nesse conflito, afirmou a Casa Branca nesta quinta feira.
O proprietário do grupo, Yevgeny Prigozhin, negou a afirmação e a classificou como “fofoca e especulação”.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que o Wagner está procurando fornecedores de armas em todo o mundo para apoiar as operações militares de Moscou na Ucrânia.
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“Podemos confirmar que a Coreia do Norte completou uma entrega inicial de armas para o Grupo Wagner, que pagou por esse equipamento. No mês passado, a Coreia do Norte entregou foguetes de infantaria e mísseis à Rússia para uso do Wagner”, disse ele a repórteres.
A notícia foi reportada pela primeira vez pela Reuters. O Grupo Wagner foi fundado em 2014 depois que a Rússia tomou e anexou a península ucraniana da Crimeia e desencadeou uma insurgência separatista na região do Donbass, no leste da Ucrânia.
Os Estados Unidos estimam que o grupo tenha uma equipe de 50.000 funcionários destacados na Ucrânia, incluindo 10.000 contratados e 40.000 condenados que foram recrutados nas prisões russas, disse Kirby.
Prigozhin, um aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, disse que Kirby tinha o hábito de fazer declarações baseadas em conjecturas.
“Todo mundo sabe que a Coreia do Norte não fornece nenhuma arma para a Rússia há muito tempo. E nenhuma iniciativa desse tipo foi feita”, disse ele em um comunicado.
“Portanto, o fornecimento de armas da Coreia do Norte não passa de fofoca e especulação.”
A avaliação dos EUA é que a quantidade de material entregue pela Coreia do Norte não mudará a dinâmica do campo de batalha, mas espera-se que mais equipamento militar seja entregue por Pyongyang.
Em novembro, depois que a Casa Branca disse que Pyongyang estava fornecendo secretamente à Rússia um número “significativo” de projéteis de artilharia, a Coreia do Norte disse que nunca teve negócios de armas com a Rússia e não tem planos de fazê-lo.
As missões russa e norte-coreana da ONU não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
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