A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional anunciou um total de US$ 750 milhões em nova assistência à Ucrânia na segunda e terça-feira, com US$ 500 milhões dedicados à ajuda humanitária e US$ 250 milhões para apoiar os agricultores do país depois que a Rússia se recusou a estender um acordo de grãos no Mar Negro.
Samantha Power, chefe da agência, anunciou a nova ajuda humanitária na segunda-feira durante uma visita a Kiev, a capital ucraniana, horas depois de Moscou deixar o acordo de grãos, que permitiu que dezenas de milhões de toneladas de grãos ucranianos chegassem aos mercados mundiais através do Mar Negro. A medida fez com que os preços dos grãos flutuassem nos mercados mundiais e aumentou os temores de que a instabilidade alimentar global piorasse.
“É apenas mais um exemplo da insensibilidade russa e do desrespeito pelas vidas e meios de subsistência humanos”, disse Power em Kiev. “Não só aqui na Ucrânia, mas em todo o mundo.”
Os novos fundos irão para assistência alimentar, cuidados de saúde e higiene e fornecimento de abrigo de emergência, a agência dissee elevou o total de ajuda humanitária dos EUA à Ucrânia para US$ 2,6 bilhões, sem contar US$ 475 milhões em fundos de emergência que ajudaram a reparar e manter os sistemas de aquecimento e energia da Ucrânia.
A Sra. Power continuou sua visita à Ucrânia com uma parada em Odesa na terça-feira, quando a USAID divulgou um comunicado dizendo que US$ 250 milhões em novos auxílios seria canalizado para o Iniciativa de Resiliência Agrícola-Ucrânia, um programa lançado em julho de 2022 pela USAID com contribuições do governo e do setor privado.
Os novos fundos elevam o apoio do governo dos EUA ao programa agrícola para US$ 350 bilhões, disse a agência, que apoiará a infraestrutura crítica de fronteira, agricultura e portos, bem como financiamento para pequenas e médias empresas agrícolas.
Falando a repórteres na segunda-feira, a Sra. Power disse que a USAID estava trabalhando com o governo ucraniano e agricultores para encontrar e expandir rotas alternativas para suas exportações agrícolas e avaliar as mudanças que isso poderia acarretar “não apenas dentro da Ucrânia em termos de portos, estradas, transbordo ou ferroviário, mas também em outros países próximos.”
