Estudantes protestam após repressão contra alunas no Irã


Agentes das forças de segurança usaram gás lacrimogêneo contra uma manifestação em frente a uma escola para meninas na capital iraniana. Repressão a protestos no Irã matou 23 crianças, segundo a ONU
Estudantes iranianas protestaram, nesta terça-feira (25), em Teerã, contra a repressão das forças de segurança, acusadas de espancar estudantes no dia anterior.
O país passa por uma onda de manifestações desde que Mahsa Amini, uma estudante de 22 anos, foi morta depois de ser presa pela polícia de costumes por estar usando o véu de forma “inadequada”.
Em imagens compartilhadas por ativistas nas redes sociais na segunda-feira, agentes das forças de segurança usaram gás lacrimogêneo contra uma manifestação em frente a uma escola para meninas na capital iraniana.
Ao menos uma estudante de 16 anos, Sana Soleimani, precisou ser hospitalizada, segundo relatos publicados no 1.500tasvir, um site que documenta as violações dos direitos humanos por parte das forças de segurança iranianas.
Os pais se manifestaram em frente à escola. As forças de segurança atacaram o bairro e atiraram nas casas dos moradores, de acordo com o site 1.500tasvir.
No Irã, mulheres fogem da polícia durante protesto.
Associated Press
Governo nega
De acordo com o Ministério da Educação, houve um confronto entre as alunas, seus pais e funcionários da escola, depois que o diretor ordenou que elas entregassem seus celulares para monitoramento.
“Negamos veementemente a morte de uma estudante neste confronto”, disse um porta-voz do ministério à agência de notícias Isna.
Um vídeo mostra famílias pedindo explicações em frente à escola, localizada no bairro de Salsabil.
Mais tarde naquela noite, manifestantes tomaram as ruas do mesmo bairro, gritaram palavras de ordem contra o governo e queimaram lixo, de acordo com outros vídeos publicados em redes sociais.
“Morte ao ditador”, “Morte à Guarda Revolucionária”, gritavam mulheres que se manifestavam nas estações de metrô de Teerã, segundo vídeos compartilhados no Twitter.

Fonte

Compartilhe:

inscreva-se

Junte-se a 2 outros assinantes