O estado confirmou 538 casos da doença até a tarde deste sábado (23). A grande maioria ocorreu na cidade de São Paulo: são 442 registros só na capital. Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde registrou 696 casos, ou seja, o estado tem atualmente 77% dos registros da doença no país.
Na última quinta (21) o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, disse que o governador, Rodrigo Garcia (PSDB), já orientou a compra de vacinas por parte do estado.
“O governador já determinou que tomássemos providências, no sentido de aquisição de vacina, que vai ser feita pelo Butantan, ou até em algum momento, se for possível, a produção de vacinas. [ele também determinou] que [se] estabeleça [quais são] as formas mais adequadas de prevenção”, disse Uip.
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“Nem gosto muito da palavra campanha porque é falando todo dia, é o que estamos fazendo, vamos ter que voltar a falar dessa e de outras doenças diariamente”, disse Uip.
A vacina contra a varíola humana voltou a ser produzida na Dinamarca e já está sendo adquirida por países da União Europeia e pelos EUA.
Em nota, a Anvisa declarou que não recebeu solicitação de registro para vacinas ou medicamentos específicos para monkeypox até o momento. Já o Ministério da Saúde disse que “está em contato com a OMS e aguarda o avanço das tratativas com o fabricante para que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) possa definir o quantitativo a ser adquirido e a estratégia de imunização para o Brasil”.
No começo do mês, o governo de São Paulo criou um comitê para acompanhar os casos de varíola dos macacos no estado.
Foram nomeados nove especialistas da Fundação e do Instituto Butantan para analisar, realizar estudos e monitorar os casos em São Paulo.
O comitê também avalia a criação de uma vacina contra a doença. Nos anos 70, o Instituto Butantã desenvolveu uma vacina para a varíola humana, que é mais grave que a varíola dos macacos, mas tem um vírus parecido.