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Equipe de Lula prevê varredura em computadores da PF após transição


Integrante da equipe de campanha do presidente eleito teme que agentes bolsonaristas coloquem programas espiões. Andrei Passos, durante reunião na Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados em setembro de 2016
Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados
Uma das primeiras ações do futuro comando da Polícia Federal deverá ser uma varredura nos computadores da instituição.
A preocupação, segundo um interlocutor do presidente Lula (PT) para a área, é que agentes da PF alinhados com o bolsonarismo instalem programas espiões para monitorar o trabalho da nova equipe.
O temor se justifica diante da postura do presidente da República em relação à PF durante todo o mandato. Bolsonaro nunca escondeu de assessores que gostaria colocar aliados em postos-chave da corporação – o hoje aliado Sergio Moro deixou o cargo de Ministro da Justiça justamente acusando o presidente de tentar interferir na PF no Rio de Janeiro.
Só no cargo de diretor-geral, foram 5 nomes – um deles, Alexandre Ramagem, teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) diante da extrema proximidade com a família do presidente (na foto abaixo, Ramagem aparecem festa de fim de ano com Carlos Bolsonaro.)
Para esse assessor de Lula, a varredura pode ajudar a evitar identificar se a PF foi usada para o que Bolsonaro chamava de “serviço de informações particular”, composto por agentes de segurança pública – não só da PF.
Lula ainda não definiu quem vai ocupar o cargo de diretor-geral mas, entre os nomes favoritos do presidente eleito, está o de Andrei Passos, que foi chefe da equipe de segurança do petista durante a eleição.
A atuação dele contra os responsáveis por fazer ameaças contra a vida do então candidato, batendo de frente com a corporação, e a experiência como coordenador nacional de segurança das Olimpíadas do Rio 2016 são algumas das credenciais que o favorecem.
Silvio de Almeida e Flávio Dino
Lula também ainda não definiu se manterá o Ministério da Justiça e Segurança Pública unificado,como é atualmente, ou se separará a pasta em duas.
Nessa segunda hipótese, dois nomes aventados para ocupá-las são os do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), na Segurança Pública, e do jurista Silvio de Almeida, na Justiça.
A lista de nomes, entretanto, inclui também o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski – que, como o blog adiantou, poderia antecipar a aposentadoria de maio para janeiro – e dos advogados Pierpaolo Bottini e Marco Aurélio Carvalho.
Ramagem aparece em foto (direita) ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, em festa de ano novo na virada de 2018 para 2019
Reprodução

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