A atriz Emma Caulfield Ford, conhecida pelo papel de Anya Christina, na série “Buffy, a caça-vampiros”, e Dotti, em “WandaVision”, revelou o diagnóstico de esclerose múltipla. Ela falou sobre a doença em uma entrevista para a revista “Vanity Fair”, publicada nesta terça-feira (4).
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) define como uma “doença neurológica, crônica e autoimune”. Ou seja, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.
Atrizes como Selma Blair, Christina Applegate, e as brasileiras, Claudia Rodrigues, Guta Stresser, Ana Beatriz Nogueira e Ludmila Dayer também revelaram o diagnóstico da doença.
Na entrevista, Emma disse que manteve a doença em segredo por mais de dez anos. “Em algum momento do passado, eu não tinha nenhum problema de saúde”, disse à “Vanity Fair”. “Acordei uma manhã e no meu lado esquerdo do rosto parecia que tinha um milhão de formigas rastejando nele. Essa sensação quando fica sentado em uma mesma posição por muito tempo?”
Ela disse que chegou a ir a um acupunturista que sugeriu que ela pudesse ter paralisia de Bell, que é caracterizada por uma metade do rosto caindo devido à fraqueza muscular. Depois de uma bateria de exames, como ressonância magnética, seu médico confirmou a esclerose múltipla.
“Foi como uma experiência fora do corpo”, disse ela sobre sua reação após o diagnóstico de esclerose múltipla. “Eu fiquei tipo, ‘Não, isso não é possível’, ‘Do que você está falando’. E o médico foi muito sério. Foi literalmente uma espécie de pesadelo.”
Emma contou que seu pai também tinha esclerose múltipla, mas não foi essa a causa da sua morte. Ela disse que não revelou seu diagnóstico todo esse tempo porque ficou com receio de não ser mais contratada.
“Eu não queria dar a ninguém a oportunidade de não me contratar. Já existem muitas razões para não contratar pessoas, razões que a maioria dos atores nem conhece. ‘Você parece minha ex-namorada’, ‘você é muito baixa’, ‘você é muito alta’, ‘você parece malvado’, ‘você parece legal demais’, ‘você não tem os olhos da cor certa’. Eu sabia que se você falar sobre isso, você vai parar de trabalhar. É isso.”
A atriz contou que filmou “WandaVision” enquanto sofria em silêncio com os sintomas da esclerose múltipla. Ela também confirmou que vai estar novamente na série “Agatha: Coven of Chaos”, da Disney+, e que todo mundo que precisa ser comunicado sobre seu diagnóstico já está sabendo.
O que é a esclerose múltipla?
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) define como uma “doença neurológica, crônica e autoimune”. Ou seja, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.
A esclerose múltipla atinge, geralmente, pessoas entre 20 e 40 anos de idade, com uma incidência maior entre as mulheres.
- Não é contagiosa
- Não é suscetível de prevenção
- Não tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença
De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, os sinais e os sintomas mais comuns são:
- Parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face);
- Neurite óptica (visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho – escotoma – embaçamento ou perda visual), diplopia (visão dupla);
- Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade);
- Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
- Dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
- Problemas de memória, de atenção, do processamento de informações (lentificação);
- Alterações de humor, depressão e ansiedade.
