Em 'dia histórico', ucranianos celebram reconquista de Kherson em clima de vitória na guerra; veja imagens


Cidade, a primeira grande área ocupada pelos russos no início da invasão à Ucrânia, foi retomada por forças de Kiev esta semana. Ministro da Defesa ucraniano diz que guerra não acabou, mas cidadãos comemoram vitória na batalha regional. Ucranianos de Kherson comemoram retomada em Kiev
Em clima de vitória, uma das primeiras desde o início da guerra, ucranianos celebraram nas ruas com festa e música a reconquista da cidade de Kherson, uma das maiores do país e tomada de volta da Rússia na sexta-feira (11).
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Foi “um dia histórico” segundo o presidente do país, Volodymyr Zelensky, e uma “vitória extraordinária”, para o secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em declaração neste sábado (12).
Na noite desta sexta-feira, moradores de Kherson, refugiados há meses em Kiev, comemoraram a notícia com euforia. “Finalmente minha cidade livre, aquela onde nasci, onde vivi toda minha vida”, declarou Nastia Stepenska, com lágrimas nos olhos e as cores nacionais pintadas sobre o rosto.
A retomada de Kherson significa um revés para a Rússia porque a cidade foi fundamental para a estratégia do país até o momento – em Kherson, os russos tinham acesso terrestre à península da Crimeia, que Moscou queria usar para chegar ao ocidente do território da Ucrânia e isolar a saída do país para o Mar Negro.
Moradores de Kherson celebram reconquista ucraniana da cidade, em 11 de novembro de 2022.
Nina Lyashonok/AP
Ucranianos em Odesa celebram reconquista da cidade natal pelas tropas de Kiev, em 11 de novembro de 2022.
Nina Lyashonok/ AP
Moradores de Kherson recém-casados e refugiados em Odesa celebram reconquista da cidade pelas tropas ucranianas, em 11 de novembro de 2022.
Nina Lyashonok/ AP
“Quando eles [os russos] chegaram, foi horrível, não sabíamos o que aconteceria no dia seguinte, se continuaríamos vivos”, disse a estudante de 17 anos.
Em posição estratégica – ao lado da península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014 e à beira do Mar Negro -, Kherson foi a única grande capital regional capturada por Moscou desde o início da invasão russa ao país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano. E uma das primeiras cidades totalmente tomadas pelas tropas russas.
Em setembro, no entanto, a Ucrânia pôs em ação uma ambiciosa campanha de reconquista de territórios ocupados pelos russos, com o apoio logístico e armamentista de países do Ocidente. Kherson foi uma das principais miras do novo plano, e, com planejamento tático, forças ucranianas entraram em peso na cidade.
Bandeira da Ucrânia retorna à Kherson
Nesta semana, o Ministério da Defesa russo já havia anunciado que cerca de 30.000 de seus homens haviam deixado a região. Há relatos de que muitos soldados de Moscou fugiram.
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“Parece que os ucranianos acabaram de obter uma vitória extraordinária: a única capital regional que a Rússia conquistou nesta guerra está agora de volta sob a bandeira ucraniana, o que é notável”, declarou Sullivan.
“Hoje é um dia histórico. Estamos retomando o sul do país, estamos retomando Kherson”, afirmou Zelensky, em seu discurso na noite de sexta-feira.
Ucraniano mostra casa destruída por soldados russos na vila de Blahodatne, na região de Kherson, na Ucrânia, em 11 de novembro de 2022
REUTERS/Valentyn Ogirenko
Carro destruído é visto em uma rodovia para a cidade de Kherson, em 11 de novembro de 2022
REUTERS/Valentyn Ogirenko
As celebrações dos ucranianos acontecem ao mesmo tempo em que soldados procuram por minas e explosivos deixados pelas forças russas. Os moradores também lidam com um cenário de devastação: de acordo com a agência de notícias Associated Press, um conselheiro do prefeito de Kherson afirmou que faltam água, eletricidade e comida na cidade.
O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, afirmou neste sábado (12), no entanto, que “a guerra continua”. “Mas a guerra continua. Entendo que todos querem que essa guerra termine o mais rápido possível. Definitivamente, somos nós que queremos isso mais do que ninguém”, disse.

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