Em 2ª viagem à Rússia, assessor de Lula reforçará posição do Brasil pela paz no leste da Europa


Celso Amorim comparecerá a encontro de assessores de segurança do Brics, do qual representante de Putin deve participar. Agenda também prevê paradas na França e na Alemanha. O assessor especial da Presidência, Celso Amorim.
Getty Images via BBC
O ex-chanceler Celso Amorim, assessor de Lula para assuntos internacionais, viajará para a Rússia na próxima semana para participar do encontro de assessores de segurança nacional dos países que fazem parte do Brics.
A reunião ocorre mais de dois anos após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Este tema será um dos principais tópicos do encontro, que deverá contar com a presença do assessor internacional de Putin, Yuri Ushakov, e do secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev.
Na pauta de assuntos globais a serem tratados, além da guerra na Ucrânia, Celso Amorim também deverá apresentar o posicionamento do Brasil sobre o conflito na Faixa de Gaza.
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, os discursos sobre as duas guerras serão “na perspectiva de construção de uma saída para a paz”.
Neste ano, ingressaram no Brics Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. Os países se somaram a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, fundadores do bloco.
A Argentina também foi convidada a se unir ao Brics a partir desse ano, mas o presidente Javier Milei recusou a entrada de seu país por não considerar “oportuna” a adesão ao bloco.
A Rússia é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, junto com China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Esses países possuem o poder de veto, que os permite evitar a adoção de qualquer resolução pelo Conselho de Segurança da ONU.
Em março do ano passado, Celso Amorim também esteve na Rússia e se reuniu com Vladimir Putin e com assessores próximos a ele. Em maio, o assessor especial esteve na Ucrânia, onde se enontrou com o presidente Volodymyr Zelensky.
Ao longo de 2023, o governo Lula investiu, sem sucesso, em tentativas de atuar como mediador de um diálogo entre os dois países para o fim da guerra.

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