Economistas alertam Lula e Alckmin e dizem que furar teto de gastos gera incerteza e eleva dívida


Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin
Reprodução/GloboNews
Economistas fizeram um alerta ao presidente eleito Lula (PT) e ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e disseram que furar o teto de gastos no próximo em valor superior a R$ 140 bilhões pode elevar a dívida pública e gerar incertezas na economia e sobre as contas públicas.
O alerta foi feito por economistas ligados a Alckmin após o governo eleito ter apresentado uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite o gasto de R$ 198 bilhões fora do teto no ano que vem. O montante é considerado “explosivo” por analistas do mercado financeiro.
Paralelamente, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou uma proposta que prevê elevar o teto de gastos em R$ 80 bilhões em 2023 e, assim, permitir a manutenção do pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil no ano que vem e abrir e espaço para recompor o Orçamento.
Articulação política
Em Brasília desde o último domingo (27), Lula foi avisado pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que o Congresso Nacional não aprovará o estouro do teto em R$ 198 bilhões.
O blog apurou que o PT optou por enviar a proposta com um valor maior exatamente para ter espaço de negociação. A equipe de transição trabalha com dois anos (em vez de quatro anos) e um valor em torno de $ 150 bilhões.
Lula espera que o Senado vote a proposta na semana que vem, encaminhando para a Câmara votar e aprovar na seguinte, sem alterações.

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