A recente despedida do Toyota Supra, com o lançamento da Final Edition, reacendeu uma antiga discussão entre os entusiastas de carros esportivos: por que a Toyota optou por não equipar a versão derradeira do Supra com o potente motor S58 da BMW, presente em modelos como o M3 e M4?
Uma parceria de sucesso, mas com limites?
A colaboração entre a Toyota e a BMW para o desenvolvimento do Supra e do Z4 é amplamente conhecida. Essa parceria permitiu que ambas as marcas compartilhassem custos e tecnologias, resultando em dois carros esportivos que, apesar de compartilharem a mesma plataforma, possuem identidades distintas. O Supra, em sua quinta geração (A90/A91), sempre utilizou o motor B58 da BMW, um seis cilindros em linha turbo que entrega um desempenho admirável. No entanto, a expectativa de que a Final Edition recebesse o motor S58, mais potente e sofisticado, era grande.
Custos, estratégia ou algo mais?
Diversas teorias surgiram para explicar a decisão da Toyota. Uma delas aponta para os custos adicionais que a instalação do motor S58 acarretaria. Além do motor em si, seriam necessárias modificações na transmissão, suspensão e outros componentes para lidar com o aumento de potência. Outra teoria sugere que a Toyota preferiu manter a identidade do Supra, que sempre foi associada ao motor B58. Mudar para o S58 poderia diluir essa identidade e aproximar demais o Supra do BMW Z4.
O impacto na performance e na experiência de condução
Apesar de o motor B58 ser um excelente propulsor, o S58 oferece um nível de performance superior. Com tecnologias como dois turbocompressores mono-scroll, injeção direta de alta precisão e um sistema de arrefecimento otimizado, o S58 entrega mais potência e torque em uma faixa de rotação mais ampla. Isso se traduziria em uma experiência de condução mais visceral e emocionante para o Supra Final Edition. A não adoção do S58 pode ser vista como uma oportunidade perdida de elevar o Supra a um novo patamar de desempenho.
O futuro do Supra: eletrificação no horizonte?
Com a Final Edition marcando o fim de um ciclo, a Toyota já trabalha no futuro do Supra. Rumores indicam que a próxima geração poderá ser eletrificada, seguindo a tendência da indústria automotiva. A eletrificação permitiria que o Supra mantivesse seu desempenho esportivo, ao mesmo tempo em que se tornaria mais eficiente e ecologicamente correto. Resta saber se a Toyota buscará novas parcerias ou desenvolverá sua própria tecnologia para o futuro do Supra.
A importância da paixão e da nostalgia
Apesar da ausência do motor S58 na Final Edition, o Toyota Supra continua sendo um carro admirado e desejado por muitos. Sua história, design e desempenho o consagraram como um ícone da cultura automotiva. A paixão dos fãs e a nostalgia associada ao Supra garantem que ele permaneça relevante por muitos anos, mesmo com a chegada de novos modelos e tecnologias. O Supra personifica a emoção de dirigir e a busca pela performance, valores que transcendem gerações e modismos.
