Dados da pesquisa Datafolha, encomendada pela Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, divulgados neste sábado (8) mostram que os temas mais importantes para os eleitores na hora de decidir o voto para o segundo turno são: combate à corrupção e ao crime, defesa dos diretos trabalhistas e manutenção da democracia.
O combate ao crime e o combate à corrupção são considerados importantes por 85% dos eleitores, no mesmo nível da defesa dos direitos trabalhistas (83%), defesa da democracia (82%), a redução do desemprego (82%), a defesa do meio ambiente (81%) e o combate à inflação (81%).
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com o levantamento, a defesa dos direitos das minorias é considerada importante por 79% na hora de decidir o voto para presidente. Em seguida, são avaliadas como importantes a defesa dos valores da família tradicional (74%), a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 (65) e a orientação de um líder religioso (54%).
Este último fator tem muita relevância para 75% dos evangélicos e 67% dos católicos.
O Datafolha apresentou uma escala de 1 a 5 para os entrevistados, em que 1 é nada importante e 5 é muito importante. O instituto considera a soma das notas 4 e 5 ao avaliar que algo é importante e de 1 e 2 para algo que não é importante.
Diferença entre Lula e Bolsonaro
Quando considerada a intenção de voto do eleitor, aparecem diferenças entre os candidatos à Presidência da República. A maior disparidade entre os eleitores de Lula e Bolsonaro está na defesa dos valores da família, avaliada como muito importante por 87% dos que declaram voto no atual presidente, e por 65% dos que afirmam que irão votar no ex-presidente.
Outra diferença expressiva é na importância dada à orientação de um líder religioso na hora de decidir o voto. Ao todo, 66% dos eleitores de Bolsonaro consideram esse fator muito importante, enquanto 47% dos que dizem votar em Lula têm a mesma opinião.
Foram entrevistadas 2.884 pessoas em 170 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02012/2022.