Dados da pesquisa Datafolha mais recente, divulgados nesta quinta-feira (20), apontam que 30% dos eleitores brasileiros avaliam os locais públicos como os mais perigosos para expressar preferência política ou de voto.
O instituto apresentou sete situações e perguntou em quais os entrevistados avaliam que poderiam ter algum tipo de problema ao manifestar sua preferência. Depois dos locais públicos (30%), o local de trabalho foi o mais citado (25%), seguido por conversas com a família (24%).
Também foram citados: conversa com amigos ou colegas (20%), na igreja ou culto (18%), escola ou faculdade (12%), e respondendo pesquisas de opinião (2%).
Para 13%, a manifestação pública do voto ou da preferência política nessas situações não traz nenhum tipo de problema (entre os que têm 60 anos ou mais o índice sobe para 25%). Outros 3% não opinaram.
Na pesquisa anterior, realizada em setembro, 34% citaram locais públicos, 26% local de trabalho, 21% conversas com a família, 21% conversa com amigos e colegas, 16% igreja ou culto, 9% escola ou faculdade, e 1% respondendo pesquisa de opinião. O valor dos que não acham que traz problema era 14%, e os que não opinaram também foram 3%.
De maneira geral, os índices são próximos entre os eleitores de Lula e Bolsonaro, mas há diferenças no trabalho e igreja.
Entre os eleitores de Lula, 27% avaliam que podem ter algum problema se manifestarem seu voto no local de trabalho, ante 23% entre os eleitores de Bolsonaro. Nas igrejas, 22% dos eleitores de Lula avaliam que podem ter problema, ante 15% dos que votam em Bolsonaro.
O Datafolha também aponta que Lula tem 49% das intenções de voto no segundo turno, e Bolsonaro tem 45%.
A pesquisa entrevistou 2.912 pessoas, em 181 municípios, entre os dias 17 e 19 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-07340/2022.
Como funcionam as pesquisas eleitorais?