Corte holandesa acusa três homens por assassinato no caso do voo MH17 da Malaysia Airlines


Incidente aconteceu em 2014 durante a primeira fase do conflito armado entre Rússia e Ucrânia Juízes e advogados observam os destroços reconstruídos do voo MH17 da Malaysia Airlines, na base aérea militar de Gilze-Rijen
Peter Dejong/AP
Um tribunal holandês acusou nesta quinta-feira (17) três homens por assassinato no caso do avião MH17 da Malaysia Airlines que foi atingido por um míssil de fabricação russa em 2014. Nenhum desses homens compareceu ao julgamento.
Os homens condenados são dois ex-oficiais de inteligência russos e um líder separatista ucraniano.
O voo de passageiros MH17 foi abatido sobre o leste da Ucrânia em 17 de julho de 2014, matando todos os 298 passageiros e tripulantes.
Na época, a área era palco de combates entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas, precursoras do conflito deste ano. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro e afirma ter anexado a província de Donetsk, onde os destroços do avião e os restos mortais das vítimas estavam espalhados por campos de milho.
Investigador da Malásia inspeciona o local do acidente do voo MH17, perto da aldeia de Hrabove, na região de Donetsk
Maxim Zmeyev/Reuters
Moscou nega qualquer envolvimento ou responsabilidade pela queda do MH17 e em 2014 também negou qualquer presença na Ucrânia.
O tribunal, por outro lado, diz que o local de onde partiu o tiro era de domínio russo no momento do disparo. A Rússia diz que irá avaliar a acusação.
Em um briefing em Moscou na quinta-feira, o vice-porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ivan Nechaev, disse a repórteres: “Vamos estudar esta decisão porque em todas essas questões, todas as nuances são importantes. Depois de estudar o documento legal, provavelmente estaremos prontos para fazer um comentário. ”
A Ucrânia diz que a confirmação feita pelo tribunal abre um precedente importante.
Relembre o caso
O voo MH17 transportava 298 pessoas de Amsterdam, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi abatido no dia 17 de julho de 2014 ao sobrevoavar um território controlado por separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
A principal investigação sobre o caso concluiu que a aeronave foi atingida por um míssil lançado da região.

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