Acordos incluem revitalização de canais e aumento da rede de esgoto; Belém recebe cúpula em 2025. Lula cancelou participação na assinatura em meio a reuniões sobre chuva no RS. Lula em evento preparatório da COP 30
Ricardo Stuckert (PR)
A Itaipu Binacional, o governo do Pará e a prefeitura de Belém assinaram nesta segunda-feira (6) convênios que preveem R$ 1,3 bilhão para investimento em saneamento básico.
O convênio, assinado em cerimônia no Palácio do Planalto, prevê o repasse do dinheiro pela Itaipu como um dos preparativos para Belém receber em novembro de 2025 a 30ª edição da conferência das Nações Unidas (ONU) sobre clima, a COP 30.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva era esperado na solenidade, mas cancelou a participação minutos antes em meio à sequência de reuniões sobre as chuvas no Rio Grande do Sul. Até a manhã desta segunda, a Defesa Civil contabilizava 83 mortos e mais de 100 desaparecidos.
“Estamos assistindo, infelizmente, é mais uma repercussão das mudanças do clima. Será essa agenda que Belém será sede no próximo ano. É debater as urgências climáticas e suas consequências”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho.
“O que acontece hoje no RS poderia estar acontecendo em qualquer outra unidade da federação. Não é fruto necessariamente do que o território riograndense possa estar produzindo nas mudanças do clima. Aquilo que acontece em outros biomas do Brasil e do planeta repercute em outros territórios do nosso país e do mundo”, acrescentou.
“Neste momento prestar absoluta e total solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul. Este ato aqui de preparação da COP e a COP, essencialmente, têm tudo a ver com a prevenção a esse tipo de evento, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O governo informou que o dinheiro repassado pela usina hidrelétrica de Itaipu será usado para realizar melhorias na infraestrutura da capital paraense:
50 km de rede coletora de esgoto
4,8 mil ligações de esgoto
pavimentação de vias de acesso à COP 30
implantação de vias marginais do Canal Água Cristal
equipamentos de controle de tráfego
implantação do Parque Linear Doca
implantação do Parque Urbano Igarapé São Joaquim
revitalização do Complexo do Ver-o-Peso
restauração do Mercado Municipal de São Brás
desenvolvimento de metodologia para gestão de resíduos sólidos
ações de educação ambiental e de inovação em biotecnologia
Helder Barbalho pede união do Brasil com o Pará para a COP em Belém
A COP é um evento anual realizado pelas Nações Unidas para discutir mudanças climáticas e alternativas para melhorar as condições do clima, em especial no trabalho para a redução dos gases de efeito estufa.
A edição de 2024 será realizada no Azerbaijão. Belém receberá o encontro em novembro de 2025. Será a primeira vez que a conferência será realizada em uma cidade na Amazônia, um dos ecossistemas cuja preservação é prioritária no contexto de combate às mudanças climáticas.
Estrutura em Belém preocupa
O prefeito de Belém, Edmílson Rodrigues, afirmou que os recursos repassados por Itaipu auxiliarão no cronograma de obras da cidade para receber a COP 30.
O governador do Pará, Helder Barbalho, reforçou que os investimentos reforçam o legado ambiental e de infraestrutura da COP 30. Para o governador, são “obras que farão com que Belém seja uma cidade melhor”.
A estrutura vária e de hospedagem de Belém para receber o evento global é motivo de preocupação entre autoridades que acompanham o tema.
Barbalho afirmou que, no Pará, será a vez da “COP da floresta”, sem a opulência dos prédios e avenidas de Dubai, sede da última edição da conferência.
“Faremos a mais extraordinária COP de todos os tempos. Não queremos fazer a COP como fez Dubai. Quem queria hotel seis estrelas, quem queria prédio de 50, 70 andares, teve a oportunidade de viver a experiência no ano passado em Dubai. quem quiser ver os grandes rios, as grandes arvores e os povos da floresta, será em Belém do Pará, a COP da floresta”, afirmou Barbalho.
O governador voltou a agradecer o apoio de Lula à candidatura de Belém para receber a conferência que terá a presença de chefes de Estado e de governo, empresários e ambientalistas.
O governador ainda frisou o esforço para reduzir o desmatamento na Amazônia e para viabilizar o desenvolvimento sustentável da região, onde vivem cerca de 29 milhões de pessoas.
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