Comissão parlamentar que investiga ataque ao Capitólio deve intimar Trump para depor, diz mídia dos EUA | Mundo

O comitê da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2020 ao Capitólio deve aprovar nesta quinta-feira (13) uma intimação ao ex-presidente Donald J. Trump para depor sobre seu papel nas ilegalidades cometidas naquele dia. A informação inicialmente foi divulgada pela rede NBC.

Foi o ex-presidente quem convocou seus apoiadores a Washington no dia em que os membros do Congresso certificariam a vitória de seu rival, o democrata Joe Biden, nas eleições presidenciais.

Em 6 de janeiro de 2020, por volta de meio-dia, em um discurso inflamado no coração da capital, Trump pediu aos seus apoiadores que “lutassem como o inferno” contra a suposta “fraude eleitoral maciça”. Em seguida, voltou para a Casa Branca, enquanto a multidão lançava um ataque Congresso.

Apoiadores de Trump ocupam a Rotunda do Capitólio — Foto: Saul Loeb/AFP

Trump demorou mais de três horas para pedir aos apoiadores para que deixassem o Capitólio. “Eu entendo sua dor”, declarou o então presidente dos Estados Unidos em um vídeo postado no Twitter. “Mas vocês têm que voltar pra casa agora”.

Ex-funcionária diz que Trump tentou se juntar à multidão que invadiu o Capitólio

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Entrincheirado na sala de jantar privada da Casa Branca, Donald Trump acompanhou o ataque na televisão “enquanto seus conselheiros próximos e familiares imploravam para que ele interviesse”, descreveu a congressista democrata Elaine Luria.

Mais de 850 pessoas foram presas pelo ataque ao Congresso, que deixou cinco mortos e 140 policiais feridos.

Trump, de 76 anos, que tem dado diversas pistas de que pretende concorrer novamente à presidência em 2024, precisou submeter-se a um julgamento de impeachment, acusado pela Câmara Baixa de incentivar a insurreição. O magnata foi absolvido pelo Senado.

Espera-se que o comitê entregue ao Congresso um relatório com suas descobertas nos próximos meses.

A comissão pode emitir recomendações criminais ao Departamento de Justiça, deixando para o procurador-geral Merrick Garland decidir se Trump ou outros devem ser processados por tentar reverter os resultados das eleições de 2020.

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