Até o momento foram contabilizados 40 ninhos e a expectativa é superar os 300 ninhos até o mês de junho. Primeiro ninho foi registrado no Sancho
Projeto Tamar/Divulgação
Os pesquisadores do Projeto Tamar estão otimistas com o início da temporada de reprodução das tartarugas marinhas em Fernando de Noronha. Nesta sexta-feira (3), a Organização Não-Governamental (ONG) divulgou um balanço das desovas na ilha. Até o momento foram contabilizados 40 ninhos e a expectativa é superar as 300 desovas até junho.
“A temporada passada foi considerada média, foram 263 ninhos. Nesta atual temporada nós esperamos um número maior. Acreditamos que devemos superar os 300 ninhos”, afirmou o pesquisador do Projeto Tamar Afonso Nascimento.
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A temporada 2022/2023 começou no final de dezembro e os primeiros nascimentos de tartarugas devem ocorrer nos próximos dias. Os ovos levam cerca de 50 dias para eclodir.
Pesquisadores do Tamar verificam os ninhos
Projeto Tamar/Divulgação
Como sempre acontece, a Praia do Leão tem a maior parte das desovas. Até agora são 20 ninhos no local. Em segundo lugar, vem a Praia do Sancho, que registra até agora 11 ninhos.
Os pesquisadores identificaram desovas também na Cacimba do Padre, Bode, Conceição e até no Sueste, que conta até o momento com dois ninhos.
“A Praia do Sueste não tem muitos ninhos; a média são cinco desovas na temporada e já temos duas. Algumas vezes a fêmea sai do mar, tentar colocar os ovos, não consegue e depois volta”, explicou Afonso Nascimento.
A espécie que se reproduz em Noronha é a Chelonia mydas, conhecida popularmente como tartaruga-verde. Na ilha também é possível ver a tartaruga-de-pente, que tem nome científico Eretmochelys imbricata, e não realiza reprodução em Fernando de Noronha.
Tubarão-tigre
Os pesquisadores de tubarão acreditam que os tubarões-tigre passam a frequentar Fernando de Noronha em maior quantidade no período de desova das tartarugas. Elas fazem parte da cadeia alimentar desses animais.
“O tubarão é o principal predador das tartarugas. É o único animal que consegue predar as tartarugas adultas. O casco da tartaruga é resistente e o tubarão-tigre é um dos poucos animais que consegue romper o casco”, falou Nascimento.
O pesquisador não acredita que exista um desequilíbrio ambiental na ilha.
“A tartaruga faz parte da dieta dos tubarões, como os peixes. O tubarão tem uma importância biológica; esse animal faz parte do ecossistema. O ambiente em Noronha é equilibrado”, avaliou Afonso Nascimento.
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