Modelos da Epson, LG, Samsung e ViewSonic vêm com funções de smart TV e espelham conteúdo do celular. Projetores para casa: telas de mais de 100″
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Ter uma TV 4K ou 8K em casa esbarra em um limite físico: o tamanho da tela e o espaço que o aparelho ocupa. Quando você quer algo maior e que seja mais compacto, uma alternativa é procurar por um projetor inteligente, que possa substituir o televisor e ter telas maiores.
Alguns desses aparelhos também são portáteis e podem ser levados em uma bolsa ou mochila, sendo úteis para usar em reuniões de trabalho ou para ver filmes em qualquer lugar.
O Guia de Compras testou quatro modelos com resoluções distintas e tamanhos de imagem, que começam em 24″ (polegadas) e chegam a 150″, dependendo da distância do aparelho da tela/parede de projeção.
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Os modelos avaliados foram:
Epson EpiqVision EF12
LG CineBeam Smart TV 4K
Samsung The Freestyle
ViewSonic M1 MiniPlus
Todos contam com recursos de smart TV integrados, com apps de streaming e compartilhamento de tela do celular ou notebook.
Os produtos foram selecionados pela sua faixa de preço – todos abaixo de R$ 8 mil – e estavam disponíveis nas lojas on-line consultadas em novembro. Vale notar que projetores com resolução 4K mais avançados podem custar mais de R$ 60 mil.
Foram avaliados a facilidade de uso, o brilho da imagem e os recursos adicionais dos projetores. Veja o resultado do teste a seguir e a conclusão ao final.
Epson EpiqVision EF12
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Com resolução Full HD, o Epson EpiqVision EF12 tem uma ótima qualidade de imagem com os melhores alto-falantes integrados entre os modelos avaliados.
O projetor tem o formato de cubo, com as caixas de som em suas bordas, e pode ser usado tanto para projetar na parede quanto no teto – basta virar o aparelho para trás, deixando a lâmpada para cima.
Dá até para dizer que é um produto portátil, pois pesa apenas 2,1 kg. E projeta o maior tamanho de tela entre os modelos do teste, começando em 30″ e chegando a 150″.
Nas lojas on-line, o Epson EpiqVision EF12 custava R$ 7.200 no começo de novembro, sendo o modelo mais caro entre os projetores do teste.
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O projetor vem com recursos smart: não tem uma entrada para antena, como o modelo da LG, mas roda Android TV, do Google, e foi o mais fácil de configurar. Bastou apenas parear o controle remoto bluetooth durante o processo e usar o celular Android no resto do ajuste inicial.
O app Google Home, no smartphone, encontrou o projetor em instantes e já compartilhou a senha do wi-fi (e a conta toda do Google, incluindo o YouTube com vídeos e canais favoritos) com o dispositivo.
O aparelho também tem opções para conexões externas: duas HDMI, uma USB e uma saída de áudio padrão 3,5 mm para fones de ouvido com fio. Além disso, também tem bluetooth para conectar a caixas de som e fones sem fio que usam o padrão.
A qualidade de imagem é muito boa. O projetor tem luminosidade de 1.000 lúmens (medida que indica o fluxo de luz; quanto maior, melhor será o brilho da imagem), um pouco abaixo do modelo da LG com 1.500 lúmens, mas acima do Samsung e Viewsonic.
Durante o dia foi preciso fechar a cortina da sala para reduzir um pouco a iluminação do ambiente, mas o Epson EpiqVision EF12 mostrou boas imagens mesmo assim. À noite, em local escuro, foi bem melhor.
O sistema de alto-falantes tem som estéreo com 2.1 canais. A qualidade do som é excelente – a Epson tem uma parceria com a Yamaha em áudio – e, entre os modelos do teste, foi o que ofereceu uma experiência mais realista em comparação a uma TV convencional.
O Epson EpiqVision EF12 roda Android TV, em uma versão um pouco modificada do que vemos em celulares com o sistema do Google. E isso faz com que, junto ao projetor da Samsung com sistema Tizen, o modelo tenha muitas opções de aplicativos de streaming e diversão para baixar e usar.
Epson CineBeam EF12: visual da Android TV é fácil de usar e tem apps atualizados
Henrique Martin/g1
Se conectar uma webcam externa, dá até para fazer videoconferência no Zoom.
O sistema Android TV permite ainda baixar games na Play Store, assim como traz as principais plataformas de vídeo sob demanda – Globoplay, Netflix, Amazon Prime Video, HBO Max, Disney+, entre outras, que vêm em versões mais recentes dos apps.
https://g1.globo.com/especiais/guia-de-compras/
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O LG CineBeam Smart TV 4K, entre os modelos avaliados, é o que tem a melhor qualidade de imagem – é o único com resolução 4K. Tem recursos de TV digital e smart TV, mas o software desatualizado é seu grande ponto negativo.
O projetor tem o design mais tradicional entre os produtos do teste, feito para ficar sobre uma mesa ou estante – sem brincadeiras de projetar no teto.
Além disso, pesa 3,2 kg, não sendo um dispositivo portátil como os demais projetores do teste. As imagens projetadas são grandes, começando em 60 polegadas e chegando a 140″.
Seu preço era de R$ 6.000 nas lojas on-line no começo de novembro.
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Por rodar o sistema operacional WebOS, o CineBeam oferece uma instalação similar à das TVs da marca: basta ligar na tomada, conectar uma antena externa (caso queira ver TV aberta) e seguir a configuração de internet e apps na tela.
O controle remoto também é similar ao usado pelas TVs da LG – com a diferença de vir com um botão adicional para ajudar no foco da imagem. O foco pode ser reajustado também em um botão na frente do aparelho.
O LG CineBeam Smart TV 4K também é, entre os projetores avaliados, o modelo que tem mais conexões para dispositivos externos. É o único com uma entrada para antena externa, capaz de sintonizar TV digital.
Além do wi-fi, que permite espelhar o conteúdo de celulares e notebooks, tem bluetooth (para conectar fones de ouvido sem fio), duas portas HDMI, duas USB-A, uma USB-C e duas saídas de áudio (para fones 3,5 mm e cabo óptico, que fornece som digital para um alto-falante ou soundbar externo).
A qualidade de imagem é excelente – a melhor entre os projetores do teste – por conta da luminosidade do projetor, com 1.500 lúmens.
O concorrente mais próximo aqui é o Epson EpiqVision EF-12, com 1.000 lúmens, que tem resolução Full HD.
Independente da luminosidade do ambiente (dia ou noite), o LG CineBeam 4K mostrou imagens claras e nítidas, com bastante detalhes.
A qualidade do som é passável – melhor conectar o projetor a uma soundbar para dar uma impressão de cinema em casa de verdade.
O número de conexões externas e a qualidade da imagem esbarram em um problema: o sistema operacional do projetor da LG, que usa uma versão mais antiga (4.5) que as TVs mais novas da marca.
Tem apps e loja? Sim. Serviços como Netflix, Disney+, Amazon Prime Video e Spotify estão presentes, mas em versões mais antigas. O Globoplay se chama Canais Globo (e parece ter acesso a grande parte do conteúdo do Globoplay), e também não existe HBO Max.
LG CineBeam 4K: loja tem apps mais antigos e até desatualizados
Henrique Martin/g1
Segundo a LG, o sistema do projetor não será atualizado. A alternativa aqui é conectar um dispositivo externo para tornar o projetor mais “moderno”.
Samsung The Freestyle
Samsung The Freestyle
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O Samsung The Freestyle é um projetor portátil com resolução Full HD e recursos de smart TV, podendo rodar apps de streaming e espelhar conteúdo do celular.
O modelo pesa apenas 830 gramas e vem em uma base que rotaciona até 180°, podendo mostrar imagens que vão de 30 a 100 polegadas em quase qualquer lugar, de paredes até o teto.
Nas lojas da internet, o projetor custava R$ 4.500 em novembro.
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O processo de instalação do The Freestyle é bastante simples: basta ligar na tomada o carregador, conectar o cabo USB-C ao projetor e seguir os passos de configuração à rede wi-fi na tela, usando o controle remoto que vem com o produto.
É possível, após um ajuste, comandar o projetor por voz usando a assistente digital Alexa.
O foco e o ajuste de proporção e nível das imagens é automático. Nos testes, foi necessário fazer uma correção da inclinação, já que a projeção ficou um pouco torta.
Ao mover o projetor para outro lugar ou ajustar a altura da imagem, o foco é refeito de forma rápida.
A qualidade da imagem é boa para um produto pequeno e fácil de transportar – são apenas 230 lúmens, bem abaixo dos modelos da Epson e da LG. O som é nítido, mas está longe do que é oferecido por uma TV.
Durante o dia, em um ambiente iluminado com cortinas abertas, o The Freestyle mostrou imagens um pouco esbranquiçadas – o brilho da projeção não é forte o suficiente para compensar a luminosidade.
Fica atrás do Epson EF-12 e do LG Cinebeam 4K, mas bem à frente do ViewSonic M1 Miniplus nesse quesito.
Fechando a cortina, porém, a qualidade do brilho melhorou bastante. Seu uso à noite é muito melhor, em um ambiente mais escuro.
Por dentro, o The Freestyle roda o Tizen, mesmo sistema operacional dos televisores da Samsung. Desse modo, é possível instalar os principais serviços de streaming, como Globoplay, Netflix, Disney+, HBO Max, Amazon Prime Video, entre outros.
Samsung The Freestyle: mesmo visual das TVs da marca
Henrique Martin/g1
O projetor da Samsung ainda vem com um serviço chamado TV Plus que faz transmissão de diversos canais – basta alternar usando o controle remoto. A programação vai de canais especializados em filmes de caubói, esportes radicais e até mesmo pets, com grande parte dos programas dublados ou legendados em português.
O produto se conecta ao smartphone usando a plataforma SmartThings (disponível para celulares Android e iPhone). Além de espelhar a tela do telefone, o app ajuda a calibrar a qualidade de imagem da projeção.
ViewSonic M1 MiniPlus
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O ViewSonic M1 MiniPlus é um projetor bastante portátil, ao ponto de caber no bolso de uma calça jeans.
O produto mede 11 x 10 x 2,7 cm (largura x profundidade x altura) e pesa apenas 280 gramas. Conta com um suporte para ajustar o ângulo, bateria interna e capinhas coloridas que podem ser substituídas.
No começo de novembro, o projetor da ViewSonic custava R$ 3.200 nas lojas da internet, sendo o mais barato entre os modelos do teste.
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O tamanho reduzido do M1 MiniPlus cobra um preço: a qualidade de imagem é ruim – o ambiente precisa estar escuro para conseguir ver algo – e o sistema operacional é complicado de usar.
A instalação é sofrida: o projetor roda alguma versão bastante antiga de Android (o fabricante não informa qual é) e digitar a senha do wi-fi em um controle remoto também pequeno é complicado, levando a seta direcional para escolher as letras.
O produto tem uma entrada HDMI e uma USB-A para acessar arquivos em pen-drives e discos rígidos externos. Além do wi-fi, tem bluetooth integrado e um alto-falante com tecnologia JBL. O som é melhor que a imagem, dependendo do local de projeção.
O ViewSonic M1 MiniPlus tem uma loja integrada de apps com poucas opções de serviços para baixar – dos mais conhecidos, Amazon Prime Video e BBC, que não funcionou.
A solução foi usar o conector HDMI para ligar o projetor ao notebook e conseguir ver alguma coisa. Uma alternativa é usar um dispositivo externo de smart TV para ver vídeos em streaming.
Também é possível espelhar a tela do smartphone – que fica meio lento (tanto no Android, que travou, quanto no iPhone). O melhor aqui é o HDMI mesmo.
O projetor conta com uma bateria interna, recarregável por USB-C. Segundo a fabricante, dura 1,5 hora fora da tomada. Na prática, demorou pouco mais de 60 minutos para começar a pedir o carregador – o suficiente para apresentar um projeto de escola, ver um episódio de série ou mostrar slides em uma reunião de trabalho.
ViewSonic M1 MiniPlus: interface simples, mas sem muitas funcionalidades
Henrique Martin/g1
A qualidade de imagem é a menor entre os produtos do teste: 854×480 pontos, justificada pelo tamanho do aparelho. Deu para ver as imagens na projeção na sala escura, com um abajur aceso ou totalmente sem iluminação externa. Em um local mais claro, fica difícil usar esse projetor.
Conclusão
RESOLUÇÃO X BRILHO: Se o projetor for usado apenas como substituto da TV, o ideal é que sua configuração tenha ao menos 1.000 lúmens de brilho para conseguir uma tela de 100″. Quanto maior o brilho, melhor a experiência de “cinema em casa”.
No linguajar técnico, é bom prestar atenção no termo ANSI Lúmens, que é o correto. Algumas marcas adotam a medida LED Lúmens, que costuma ter números maiores e pode enganar na hora da compra.
Entre os modelos do teste, apenas os da Epson e da LG têm 1.000 lúmens ou mais. Todos os projetores contam com ajustes adicionais de imagem – como modo Dinâmico ou Cinema – que aprimoram a qualidade final da exibição.
Os modelos mais portáteis da avaliação – Samsung e ViewSonic – são melhores para usar em ambientes que não precisam de uma tela tão grande, como um quarto/dormitório, ou até mesmo em pequenas salas de reunião.
RECURSOS SMART IMPORTAM: dos quatro projetores, apenas dois têm o sistema operacional mais recente – o da Epson, com Android TV (usado em algumas TVs da TCL no Brasil), e o da Samsung, com Tizen (presente nas TVs da marca). Ambos têm todos os apps de streaming.
Já os da LG e da ViewSonic têm sistemas operacionais mais limitados – aqui o uso de um dispositivo externo é imprescindível para deixar o projetor em dia com apps mais recentes.
PRECISO DE UMA TELA? Uma parede branca – ou cinza claro, como no teste – resolve o problema na maioria dos casos.
Todos os projetores do teste ajustam as cores de forma automática para exibir vídeo em paredes coloridas – tanto as superfícies cinza escuro de outra parede e o azul do sofá mostraram as imagens com a coloração correta.
Para melhor resultado, porém, o indicado é ter uma tela específica de projeção. Nas lojas on-line, uma tela de 100″ custava, em novembro, em torno de R$ 600.
Vale notar que todos os modelos do teste conseguem projetar imagens também atrás de vidros foscos – invertendo a projeção.
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