A Victoria’s Secret, gigante do mercado de lingerie, reacendeu o debate sobre sensualidade e representatividade com o lançamento de sua nova campanha ‘Very Sexy’ para 2025, estrelada pela supermodelo sul-africana Candice Swanepoel. A top, conhecida por sua beleza estonteante e profissionalismo impecável, personifica a imagem que a marca busca projetar: uma mulher confiante, independente e que se sente confortável em sua própria pele.
As imagens da campanha, divulgadas recentemente, mostram Candice em poses provocantes, vestindo as peças mais ousadas da coleção ‘Very Sexy’. A paleta de cores vibrantes, que inclui tons de vermelho, preto e rosa pink, combinada com a iluminação dramática, cria uma atmosfera de glamour e sofisticação. A escolha de Candice como rosto da campanha, no entanto, levanta questões importantes sobre os padrões de beleza perpetuados pela indústria da moda.
Padrões de Beleza em Debate
A Victoria’s Secret, ao longo de sua história, tem sido alvo de críticas por promover um ideal de beleza considerado irreal e inatingível para a maioria das mulheres. A marca, conhecida por seus ‘Angels’ – modelos magras e altas que desfilam com asas gigantes – foi acusada de excluir corpos diversos e reforçar estereótipos prejudiciais. Nos últimos anos, a empresa tem tentado reposicionar sua imagem, buscando ser mais inclusiva e celebrar a beleza em todas as suas formas.
Apesar do esforço da Victoria’s Secret em diversificar seu casting e apresentar campanhas com modelos de diferentes etnias, tamanhos e identidades de gênero, a escolha de Candice Swanepoel como estrela da ‘Very Sexy’ reacende o debate sobre os padrões de beleza promovidos pela marca. A modelo, que possui um corpo escultural e traços perfeitos, representa um ideal que muitas mulheres consideram inatingível, o que pode gerar insegurança e baixa autoestima.
O Impacto da Imagem Corporal na Sociedade
A influência da mídia e da indústria da moda na percepção da imagem corporal é inegável. Estudos mostram que a exposição constante a imagens de corpos ‘perfeitos’ pode levar a problemas como distorção da autoimagem, transtornos alimentares e depressão. É fundamental que as marcas, como a Victoria’s Secret, tenham consciência do impacto de suas campanhas e busquem promover uma representação mais realista e inclusiva da beleza feminina.
Victoria’s Secret: Um Novo Capítulo?
Resta saber se a Victoria’s Secret conseguirá efetivamente se reinventar e se tornar uma marca que realmente celebra a diversidade e a beleza em todas as suas formas. A nova campanha ‘Very Sexy’, com Candice Swanepoel, pode ser vista como um retrocesso por alguns, mas também como uma tentativa de equilibrar a imagem tradicional da marca com as demandas de um público cada vez mais consciente e exigente. O futuro da Victoria’s Secret dependerá de sua capacidade de se adaptar aos novos tempos e de promover uma mensagem de empoderamento e aceitação do corpo.
É imperativo que a Victoria’s Secret continue a evoluir, não apenas em suas campanhas publicitárias, mas também em suas práticas internas, garantindo que todas as mulheres se sintam representadas e valorizadas. O poder da marca em influenciar a autoestima e a percepção da beleza feminina é imenso, e é crucial que esse poder seja utilizado de forma responsável e ética. A jornada rumo a uma indústria da moda mais inclusiva e representativa é longa e desafiadora, mas é um caminho que vale a pena ser percorrido.
Mais do que vender lingerie, a Victoria’s Secret vende um ideal de beleza e feminilidade. É hora de repensar esse ideal e construir uma narrativa que celebre a diversidade, a autenticidade e o empoderamento feminino. A nova campanha ‘Very Sexy’ pode ser apenas um ponto de partida para uma transformação mais profunda e significativa. O futuro da Victoria’s Secret – e da indústria da moda como um todo – depende da nossa capacidade de questionar os padrões estabelecidos e construir um mundo onde todas as mulheres se sintam bonitas, confiantes e valorizadas.