Ator cotado para principais premiações do ano pelo filme ‘A baleia’ acusou de abuso o jornalista Philip Berk, ex-presidente da Associação de Imprensa Estrangeira, que organiza Globo de Ouro. Brendan Fraser em cena do filme “The Whale”
A24 via AP
O ator Brendan Fraser disse que não pretende ir à cerimônia do Globo de Ouro, quatro anos depois de acusar de abuso sexual o ex-presidente da associação que entrega as estatuetas.
Em um retorno surpreendente, a estrela dos anos 1990 recebeu aplausos por seu papel em “A Baleia”, de Darren Aronofsky, e seu nome é mencionado nos bastidores do Oscar.
Sua atuação como um professor com obesidade mórbida que tenta se reaproximar da filha lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro, mas ele não comparecerá à gala marcada para 10 de janeiro.
“Não, não vou participar”, disse Fraser à revista “GQ” em entrevista publicada na quarta-feira, quando perguntado se compareceria à premiação da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) se fosse convidado.
“É por causa da história que tenho com eles”, continuou ele. “E minha mãe não criou um hipócrita.”
Em 2018, o ator acusou o ex-presidente da HFPA, Philip Berk, de apalpá-lo em um evento em 2003. Berk negou a acusação, mas reconheceu ter feito um pedido de desculpas por escrito na época.
Após uma investigação iniciada pela denúncia de Fraser, a HFPA concluiu que a intenção de Berk seria “fazer uma brincadeira e não um avanço sexual”.
Fraser, um dos maiores nomes de Hollywood na década de 1990, estrelou uma série de sucessos de bilheteria, incluindo “George, o Rei da Floresta” e “A Múmia”, antes de sua carreira no cinema desacelerar no final dos anos 2000.
Brendan Fraser
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