Bombardeio na Síria deixa pelo menos 9 mortos


O bombardeio foi a mais recente violação de uma trégua alcançada entre a Rússia e a Turquia em março de 2020. Segundo oposição, três crianças foram vítimas. Veículo de guerra turco na fronteira com a Síria no dia 18 de outubro
Stoyan Nenov/Reuters

Forças do governo sírio bombardearam no início deste domingo (6) acampamentos que abrigam famílias deslocadas pelo conflito do país no noroeste controlado pelos rebeldes, matando pelo menos nove pessoas e ferindo dezenas, disseram monitores de guerra da oposição e socorristas.
O bombardeio foi a mais recente violação de uma trégua alcançada entre a Rússia e a Turquia em março de 2020, que encerrou uma ofensiva do governo apoiado pela Rússia na província de Idlib. Idlib é a última grande fortaleza controlada por rebeldes na Síria.
A trégua foi repetidamente violada nos últimos dois anos, matando e ferindo dezenas de pessoas.
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O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, informou que as forças do governo dispararam cerca de 30 foguetes contra áreas controladas por rebeldes neste domingo de manhã.
Essas áreas incluíam o campo de Maram, a noroeste da capital provincial de Idlib, onde nove foram mortos e 77 feridos. O observatório disse que os mortos incluem três crianças e uma mulher.
Ataque na Síria deixa nove mortos; 3 são crianças
Ghaith Alsayed/AP Photo

As facções rebeldes responderam atacando posições do governo com artilharia e mísseis na área de Saraqib, a leste de Idlib, e na planície de al-Ghab, informou o observatório.
A estação de rádio pró-governo Sham FM disse que as forças do governo sírio bombardearam posições do grupo Hayat Tahrir al-Sham, ligado à Al-Qaeda, o grupo militante mais poderoso em Idlib. Ele disse que aviões de guerra sírios e russos também atacaram as áreas.
O conflito na Síria eclodiu em março de 2011 e, desde então, matou centenas de milhares de pessoas, deslocou metade da população pré-guerra do país de 23 milhões e deixou grande parte da Síria destruída.
Fotógrafo brasileiro registra efeitos da guerra na Síria; ASSISTA:

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