O primeiro debate presidencial do 2º turno acontece no próximo domingo. E a estratégia de Jair Bolsonaro (PL) para o confronto está definida. Uma reunião da campanha nesta sexta-feira vai bater o martelo com as prioridades do encontro do presidente com Lula (PT).
Nos últimos dias, a campanha tem apostado em um tom mais moderado para Bolsonaro, que, diferentemente dos vídeos do início da campanha, apareceu maquiado e, em uma das peças, chegou a pedir “perdão” pelas palavras e palavrões usados. A articulação política entende que uma melhor imagem com um discurso mais propositivo ajuda a alcançar os eleitores indecisos e moderados.
O grande desafio, portanto, será equilibrar a tática com uma postura mais agressiva no debate, frente a frente com Lula. Não vão sair do script as acusações de corrupção e, de vez em quando, os gritos de “ladrão” – a ideia segue sendo tirar o ex-presidente da zona de conforto, sem Padre Kelmon (PTB) como linha auxiliar desta vez. A armadilha, porém, pode ser um comportamento explosivo do próprio Bolsonaro, se excedendo e perdendo a calma. Até porque, reconhecem aliados, a postura de Lula não deve ser de passividade.
Diante do embate tenso já previsto, a principal estratégia não passa apenas pelo que vai acontecer dentro dos estúdios da Rede Bandeirantes, mas sim pelo pós-debate, na palma da mão de milhões de eleitores que ainda podem decidir seus votos. Não à toa, um dos novos integrantes na preparação do presidente é o coach Pablo Marçal, que participou de live na quinta-feira (13) para influenciadores digitais ajudarem Bolsonaro a se reeleger. Marçal se juntou ao entorno do presidente da República e chegou a gerar insatisfação entre membros mais antigos, como o próprio filho de Jair Carlos Bolsonaro (Republicanos), responsável pelas redes sociais do pai.
Bolsonaro está sendo orientado a tentar criar ainda mais frases de efeito, com respostas que soem como uma “lacração” para o eleitorado mais conservador e arrematadoras para os indecisos. Em outras palavras, cada resposta poderá gerar um “corte”, ou seja, minivídeos, ou microconteúdos, que serão extraídos de um vídeo originalmente maior, e que vão ser embalados especialmente para as plataformas digitais. Com isso, prevê a campanha, o disparo será imediato, conquistando, talvez, uma fatia ainda maior do que aquela que estará assistindo ao debate ao vivo.
Para Henri Armelin, especialista em conteúdo digital ouvido pelo blog, os “cortes” dos vídeos originais são uma espécie de “boca de urna digital”. “Você só precisa de um corte bem-feito para mudar a cabeça de alguém indeciso. Se uma pessoa recebe este mini vídeo e interage com ele, o algoritmo já a coloca em um ciclo infinito, onde ela vai receber ainda mais conteúdos com aquele mesmo tipo de ideias. Não à toa, a campanha de Bolsonaro está tão focada nos influenciadores”, completa.
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