As quebras de oleodutos parecem deliberadas, dizem os europeus, expondo a vulnerabilidade na infraestrutura vital de energia.

BERLIM – Explosões no mar Báltico e a ruptura de grandes gasodutos da Rússia para a Alemanha pareceram ser um ataque deliberado, disseram autoridades de toda a Europa nesta terça-feira, aprofundando as incertezas sobre a segurança energética europeia em meio a preços em alta e temores de falta de combustível. o inverno.

O aparente ataque não teve efeito imediato no abastecimento de energia europeu; O Nord Stream 2 nunca entrou em serviço e o Nord Stream 1 foi encerrado desde agosto. Mas isso aumenta as apostas – e o nervosismo europeu – em uma guerra de energia entre a Rússia e o Ocidente provocada pela invasão da Ucrânia. Os reparos podem levar vários meses, dizem os especialistas, começando com inspeções detalhadas dos danos antes que qualquer trabalho possa começar.

Não importa quem seja o culpado, os vazamentos martelaram a mensagem de que a Europa e sua infraestrutura energética são vulneráveis, mesmo que a Europa tenha sucesso em sua missão de se livrar da energia russa.

Especialistas militares e de segurança alertam há anos sobre o perigo representado pela chamada guerra híbrida, ou seja, a capacidade de minar funções democráticas, interromper a vida normal e semear caos e incerteza. Os vazamentos do Nord Stream deixaram evidente como os sistemas vitais podem estar expostos a ataques externos, disse Julian Pawlak, pesquisador do Instituto Alemão de Defesa e Estudos Estratégicos.

“A mensagem mais importante que alguém quer enviar é que o que alguém é capaz de fazer com um duto offline também pode ser feito com dutos ativos, cabos submarinos ou outra infraestrutura”, disse Pawlak.

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