“Em termos do status final da Crimeia, isso será algo a ser negociado ou discutido entre os ucranianos e os russos, mas a Crimeia é a Ucrânia”, disse Colin H. Kahl, subsecretário de política do Pentágono, na terça-feira.
Os avanços militares ucranianos na Crimeia, embora uma perspectiva distante por enquanto, alimentariam preocupação em Washington sobre as ameaças de Putin de escalar o conflito.
Líderes americanos e europeus veem seu objetivo por enquanto como manter uma guerra prolongada contida na Ucrânia e dissuadir Putin de usar uma ogiva nuclear tática ou outra arma de destruição em massa. Autoridades debatem se Putin está blefando quando insinua o uso de armas nucleares, mas alguns analistas acreditam que o controle da Crimeia, sede da frota russa do Mar Negro, pode ser uma linha vermelha para o líder russo.
Autoridades americanas dizem há meses que estão enviando mensagens públicas e privadas ao Kremlin para alertar sobre as consequências graves se Putin usar armas nucleares. Sullivan tem conversado com Nikolai Patrushev, seu colega russo, desde o início da guerra para tentar evitar mal-entendidos em torno de ameaças nucleares, disse o funcionário do governo Biden.
“Conheço Jake Sullivan e Tony Blinken há anos”, disse o deputado Ro Khanna, democrata da Califórnia, referindo-se ao secretário de Estado Antony J. Blinken. Khanna, que estava entre os que assinaram a carta dos progressistas a Biden, continuou: “Tenho confiança de que eles entendem os riscos de uma guerra nuclear e os riscos de escalada, e estão fazendo tudo o que podem para apoiar a Ucrânia enquanto minimizando os riscos da escalada do conflito”.
Autoridades americanas disseram que a posição privada de Zelensky é a mesma que a pública: ele quer ver o território ucraniano anterior a 2014 devolvido e não está interessado em negociar nada pelo fim da guerra.
Algumas autoridades europeias se perguntam em particular se essa posição é sustentável, mas outras expressam apoio a ela.
