O comitê do ex-presidente Lula (PT) busca na reta final da campanha apoios para dialogar com eleitores indecisos de centro e de candidatos da chamada terceira via.
Após uma articulação que envolveu o grupo Prerrogativas, de advogados que apoiam Lula, e do ex-governador e vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, o comitê de Lula conseguiu um vídeo do ex-ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Agora, o PT espera conseguir um vídeo de apoio do ex-ministro Carlos Ayres Britto, que foi o presidente do STF durante o julgamento do mensalão.
Um dos objetivos do comitê de Lula é desmontar um dos argumentos usados por Jair Bolsonaro (PL) a respeito da sua relação com o PP e o mensalão. O presidente e atual candidato afirmou em 2018 que Barbosa teria dito que ele não estava envolvido no mensalão.
Na época, após declarar voto ao então candidato à presidência Fernando Haddad, Barbosa rebateu um vídeo de Bolsonaro sobre o mensalão, que dizia que ele era o único que não foi comprado pelo PT. “Vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos. Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí”.
Tanto Barbosa quanto Britto têm alertado, nos últimos anos, para riscos para a democracia.
Por isso, a campanha do PT espera conseguir fechar o apoio de Britto para os próximos dias.