Apoiadores de Bolsonaro protestam em todo o Brasil após eleição

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, já havia expedido uma ordem contra a Polícia Rodoviária Federal no início desta semana. No dia da eleição, agentes rodoviários federais pararam pelo menos 550 ônibus que levavam eleitores às urnas, questionando as pessoas a bordo.

Alexandre de Moraes, que também é chefe das eleições no Brasil, ordenou então ao diretor da agência que explicasse o motivo. Autoridades eleitorais disseram que as paradas no trânsito atrasaram alguns eleitores, mas não impediram ninguém de votar.

O chefe da Polícia Rodoviária Federal publicou extensivamente sobre Bolsonaro em sua conta oficial do Instagram. Isso inclui um post na véspera da eleição que instou as pessoas a votar em Bolsonaro, segundo O Globo, um dos maiores jornais do Brasil. (O tipo de mensagem que ele postou desaparece automaticamente do Instagram após 24 horas e não é mais visível.)

Enquanto os manifestantes pedem uma intervenção militar, um porta-voz militar disse na terça-feira que os bloqueios são uma questão policial.

O presidente, o Congresso do Brasil ou a Suprema Corte têm o poder de ordenar aos militares que contenham multidões em emergências, e alguns funcionários do governo e acadêmicos se preocupavam antes da eleição que Bolsonaro pudesse tentar usar esse poder se ele se recusasse a conceder. Até terça-feira, os militares não haviam comentado publicamente sobre a eleição.

Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas do Brasil por anos, alegando que elas são vulneráveis ​​a fraudes. Como resultado, três em cada quatro de seus apoiadores confiam pouco ou nada nas máquinas, de acordo com várias pesquisas nos últimos meses.

Não há evidências confiáveis ​​de fraude nas urnas desde que foram introduzidas em 1996, e especialistas em segurança independentes disseram que, embora as máquinas não sejam perfeitas, várias camadas de segurança evitam fraudes ou erros.

Jack Nicas and André Spigariol reported from Brasília and Laís Martins reported from São Paulo. Victor Moriyama contributed reporting from São Paulo, Ana Ionova from Rio de Janeiro and Flávia Milhorance from Barra Mansa, Brazil.

Fonte

Compartilhe:

inscreva-se

Junte-se a 2 outros assinantes