Apenas 2 a cada 10 deputados estaduais eleitos são mulheres; em MT, só uma se elegeu | Eleição em Números

A partir de 2023, as mulheres serão 18% dos deputados estaduais nas Assembleias Legislativas – parcela ligeiramente superior à do mandato passado (15%), mas muito abaixo da proporção de brasileiros do sexo feminino no país (51,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE).

Há casos em que a desigualdade é mais gritante. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em quatro estados, o índice de representatividade feminina ficou abaixo dos 10%:

  • em Mato Grosso, só uma mulher foi eleita (4,2% do total de 24 vagas);
  • em Santa Catarina, três delas venceram (7,5% das 40 vagas);
  • em Mato Grosso do Sul, foram duas mulheres nomeadas (8,3% das 24 vagas);
  • e em Goiás, quatro candidatas ganharam a disputa (9,7% das 41 vagas).

Veja o gráfico abaixo com os índices do país inteiro:

Gráfico mostra porcentagem de mulheres na Assembleia Legislativa de cada estado — Foto: Arte/g1

Para as Assembleias, havia o dobro de candidatos homens

Considerando o número de candidatos que estavam disputando espaço nas Assembleias Legislativas, 33,4% eram mulheres.

Em números absolutos, foram 5.486 candidaturas femininas e 10.937 masculinas (praticamente o dobro, portanto).

Na legislação eleitoral, há mecanismos que buscam diminuir essa desigualdade de gênero, como:

Há reflexos dessas iniciativas: por mais que as diferenças ainda sejam grandes, o número total de candidatas para as Assembleias Legislativas e para a Câmara dos Deputados foi o maior dos últimos dois pleitos (9.353; ante 9.221 em 2018 e 8.139 em 2014).

Na Câmara, de cada 10 deputados federais, menos de 2 serão mulheres

O Brasil elegeu um número recorde de deputadas federais para 2023: 91 candidatas venceram, 18% a mais do que as 77 de 2018.

Apesar disso, permanece o desequilíbrio em relação ao número de homens que ocuparão a Câmara. Das 513 vagas, apenas 17,7% serão ocupadas por mulheres.

Uma senadora a menos em relação a 2014

Neste ano, de 27 vagas para o Senado, quatro foram ocupadas por mulheres:

  • Professora Dorinha (União), no Tocantins;
  • Teresa Leitão (PT), em Pernambuco;
  • Damares Alves (Republicanos), no Distrito Federal;
  • Tereza Cristina (PP), em Mato Grosso do Sul.

Na votação de 2014, a última com esse mesmo número de 27 cadeiras, houve cinco mulheres eleitas, como mostra o gráfico abaixo:

As eleições para o Senado acontecem de 4 em 4 anos, em esquema intercalado: em uma edição, são 27 vagas (uma por estado e uma para o DF); na seguinte, 54 (duas por estado e duas para o DF). Os mandatos são de 8 anos.

Damares Alves (REP) é eleita senadora no Distrito Federal

Fonte

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